Adoração a Deus

Adoração – Palavra que está na boca de muitos que se consideram Adoradores de Deus, mas poucos sabem ou vivem o seu real significado. Comumente, adoração é  um termo que indica amor intenso, imenso ou apaixonado,  podendo também ser interpretado como respeito, reverência, forte admiração ou devoção em relação a determinada pessoa, lugar ou coisa. Mas, em relação a Deus, Adoração significa muito mais.

Adoração não é apenas cantar canções com letras que exaltam o nome de Deus, dançar ou pular nas ministrações de louvores.  Adoração também não é apenas louvar. Louvar é fazer menção dos feitos de Deus, é reconhecer que Ele é o Deus Criador de todas as coisas.  Adorar a Deus é reconhecer, também, que Ele é o Criador e Soberano sobre todas as coisas, mas a adoração exige uma atitude muito mais profunda diante de Deus, é a linguagem da alma que nasce em um espírito quebrantado e totalmente rendido a Deus.

Não se pode adorar a Deus de qualquer forma. A adoração requer uma atitude espiritual.  Na verdadeira adoração, o corpo e a alma devem  expressar apenas o que vem do espírito, porque não há sentido de se falar em adoração se não for em ação conjunta com um espírito nascido de novo e em plena comunhão com Deus. Isso  é que pode trazer uma adoração aceitável diante de Deus, uma adoração que rompe os céus e chega diante do seu Trono.  “Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade”.

Há alguns requisitos para a verdadeira adoração. A fé é o primeiro ponto necessário a um adorador. “Sem fé é impossível agradar a Deus”. Sem fé, não há relacionamento com Deus, sem fé não há espírito renascido, sem fé não pode haver adoração.  A fé leva uma pessoa a crer que a Palavra de Deus é a verdade e à obediência a essa Palavra. Sem obediência irrestrita a sua Palavra, a nossa adoração não passa de lindas   canções que não chegam ao seu destino.  A verdadeira adoração exige total reverência e um espírito consciente. Não se pode chegar diante de Deus em adoração de forma irreverente  ou sem o entendimento pleno de um adorador. O adorador espera entrar na sala do trono e contemplar a glória do Senhor. E quem pode entrar em sua presença, quem pode desfrutar da íntima presença de Deus, quem pode habitar no seu tabernáculo? O rei Davi, o grande adorador, responde: Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, aquele que honra os que temem ao Senhor. Sl 15. Os limpos de coração, são eles que verão a Deus. Mt 5.8. Pecado e adoração não combinam. Por isso, antes de entrarmos diante do Senhor em adoração, devemos sondar o nosso coração se, porventura, há alguma coisa a ser consertada  que seja confessada e perdoada através do sangue de Jesus.

Toda a  criação é chamada a louvar a Deus, mas os homens são chamados  a algo mais além do louvor, à adoração, assim como os anjos.

Em Apocalipse 4, na visão que João teve do trono de Deus, temos exemplo da verdadeira adoração. Os quatro animais dia e noite não paravam de dizer: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo Poderoso, que era, que é e que  há de vir. Eles davam glórias diante do Trono ao que vive para todo o sempre. Enquanto isso, vinte e quatro anciãos se prostravam e  lançavam suas coroas diante do trono dizendo: Digno és, Senhor, de receber glória e honra, e poder, porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas. Observamos que, em primeiro lugar, a santidade de Deus é proclamada incessantemente. Que Deus é Santo deve ser a consciência primordial de um adorador. Sl 96.9; Sl 29.2 .Se temos essa consciência, não podemos chegar diante dele sem uma vida separada de tudo que é abominável aos seus olhos. Essa consciência deve vir acompanhada também do reconhecimento de que somente Ele é digno! E porque somente Ele é digno, não podemos adorar mais nada além dele. Não podemos adorar um determinado grupo de louvor, um cantor em especial, nem mesmo algumas canções de louvor. Porque a honra, a glória, o louvor e a adoração pertencem a Ele somente.

“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a Ele, para que lhe seja recompensado? Porque dEle, e por Ele, e para Ele são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente, Amém”!