Tenho sede!

“Tenho sede” é um dos sete clamores da cruz. Jesus, com a sua crucificação, levou sobre si todos os temores, anseios e pecados da humanidade, por isso, Ele conhece cada gemido e necessidade da alma humana. Ele estava ali, na cruz, no lugar de cada homem e mulher que viveu através dos séculos. Estamos vivendo uma geração, talvez, a mais sedenta de todos os tempos. Uma onda de depressão tem assolado vidas e não tem escolhido cor, gênero, idade ou classe social. A desilusão e a falta de esperança têm permeado os corações, aprisionando-os de tal forma, que muitos, a passos lentos, são conduzidos ao suicídio. Nos palácios ou nas choupanas a sede tem vitimado muitas vidas, não a sede de água natural, mas a sede que não não pode ser saciada pela melhor fonte de água que possa existir neste mundo.

Todos os homens, grandes e pequenos, são dotados de um espírito, invisível, mas real. Esse espírito é que determina o que o homem  realmente é.  O homem veio de Deus, foi criado por Ele, e o seu espírito, independente do credo, clama desesperadamente por Deus, por um relacionamento com Ele. E esse clamor, não saciado, gera uma sede espiritual. Deus amou tanto o homem, que entregou Jesus para pagar o preço do pecado do homem e trazê-lo de volta para si, para restaurar a comunhão com Ele. Apenas em Jesus, o homem pode encontrar a satisfação que tanto procura. Jesus é a fonte de águas vivas, quem beber dela jamais terá sede, e do seu interior fluirão rios de águas vivas! Isso é real, muito real! Jesus não é uma religião, como muitos pensam. Nenhuma religião, por melhor que seja, tem o poder de saciar a sede do homem e ajudá-lo na sua incansável busca por algo que o satisfaça. Mas a resposta para essa busca incansável, encontra-se em uma pessoa. Uma pessoa real, que não está morta ou distante a milhões de quilômetros, mas uma personalidade viva, real, que pode se relacionar literalmente com o homem sedento e suprir o grito da sua alma, tirá-lo do desespero da incerteza, da falta de esperança e desilusão.

Hoje, Ele está à porta de cada coração, dos religiosos também, batendo e desejoso que essa porta seja aberta e Ele possa cear com cada um. Quando um coração se abre, sinceramente,  um relacionamento de intimidade e de confiança é iniciado, jamais terá fome ou sede, porque o Autor da vida e Senhor de todas as coisas, a fonte de águas vivas, jamais o deixará!

Tirai a pedra!

Na Palavra de Deus, as pedras podem assumir diferentes significados. A incredulidade, o espírito de religiosidade, a indiferença com as coisas divinas, o pecado, a dureza de coração, dentre outros. No Evangelho do Ap João 11:39-41, encontramos uma pedra literal, uma pedra que impedia a manifestação da Glória de Deus.

As pedras sempre serão um obstáculo para a glória de Deus se manifestar. O meio pelo qual mantemos comunhão com Deus, é através do Espírito Santo, e, muitas vezes, deixamos que a intimidade com Deus seja prejudicada pelas obstruções do canal do relacionamento com Ele, devido às pedrinhas que carregamos ou as depositamos em nossa caminhada. Para que Lázaro fosse ressuscitado, e a multidão pudesse contemplar a Glória de Deus, eles mesmos deveriam remover a pedra na entrada do sepulcro. O Deus que tem poder de ressuscitar mortos, teria o poder, também, de remover uma pedra, mas tem coisas que só pertencem a nós fazê-las. E, assim, foi no caso da ressurreição de Lázaro. A multidão que queria ver o milagre, foi incumbida de retirar a pedra do impedimento, a pedra que bloqueava o agir de Deus.

Hoje, Deus continua disposto a fazer milagres na vida de todos os que creem, mas há muitas pedras que têm que ser removidas antes dos corações, pedras essas, que Deus não vai tirar nem ajudar a tirá-las, se não houver uma atitude individual e desprendida para removê-las. É tempo de reflexão, é tempo de se fazer um diagnóstico da vida espiritual e identificar cada pedrinha que tem se colocado no caminho de cada um e impossibilitado o fluir de Deus. A Palavra de Deus é um instrumento de limpeza, é como água que limpa, é como um espelho que retrata a autoimagem e, com o seu poder, pode arrastar cada pedrinha ou sujeira que tenta obstruir o canal da comunicação e intimidade com Deus. A obediência à Palavra de Deus deve encontrar lugar na vida daqueles que desejam ter uma vida espiritual vitoriosa e contemplar as maravilhas da Glória de Deus!

Onde estás?

Depois que Adão pecou, a sua comunhão com Deus foi quebrada. Ele agora tinha consciência de ter feito a maior besteira da sua vida: desobedecer a ordem do seu Amigo, que toda à tarde vinha conversar com ele, na viração do dia. Um certo pavor começava a envolver Adão, o cheiro de morte estava bem próximo. Agora, ele podia refletir e entender o peso da Palavra de Deus, e quão duro estava sendo não ter atentado para ela, que disse que no dia em que ele comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal, ele morreria.

Antes, a vida de Adão tinha um sentido e isso devia-se à presença imediata de Deus em sua casa, no Éden. E agora? A sua consciência o atormentava, a desobediência, no início apresentada como algo atraente, vinha carregada de consequências, e a voz da condenação não podia calar. De repente, Deus aparece e não encontra Adão no lugar de sempre, no lugar de deleite, no lugar de comunhão. Deus, com a voz embargada, clama pela presença de Adão. Adão, onde estás? Adão estava escondido. Estava com medo. Estava nu. A um alto preço, tinha conquistado a sua independência, era dono de suas próprias escolhas, escolheu comer do fruto atrativo aos seus olhos, escolheu a morte.

Hoje, a história continua a se repetir. Cada homem, à semelhança de Adão, tem escolhido os seus próprios caminhos, tem preferido trilhar o caminho da independência, ainda que Deus tenha advertido em sua Palavra que são caminhos de morte. “Há caminho que ao homem parece direito, mas no final é caminho de morte”. O homem, apesar de sua autossuficiência tem vivido sob o manto do medo, é tanto assim, que teme a morte, faz o impossível para salvar a sua vida em situações de perigo. Por que os homens continuam, como Adão, tendo medo de Deus e se escondendo, apesar de justificar sempre o seu pecado e dizer que é a melhor escolha? Sempre nos deparamos com polêmicas sobre “pecado”. Os homens herdaram de Adão a raiz da rebeldia, querem fazer suas próprias escolhas, independentes dos princípios da Palavra de Deus. Continuam, como Adão, descrendo que cada atitude de desobediência terá uma amarga consequência. Ora, a santidade de Deus é inquestionável, ninguém poderá se manter em pé na presença de Deus, diante do brilho da sua glória de qualquer forma. A Bíblia diz que Ele é fogo consumidor, é intolerante a qualquer pecado. Os malfeitores temem os juízes terrenos, por que não temeriam ao Juiz dos juízes, ao Juiz de toda a Terra, no resplendor da sua santidade?
Diante de Deus, não pode se manter nenhum vestígio de pecado, por isso, o homem pecaminoso tem medo e foge da sua presença. Mas, o mesmo Deus zeloso e santo contra o pecado, com a sua graça e misericórdia, providenciou uma vestimenta de pele para Adão. Hoje, Deus continua sendo o mesmo, entregou o seu Filho único, Jesus, para que com o seu sangue derramado na cruz, pudesse cobrir todo o pecado daquele que crê. Jesus é a solução para reconciliar o homem com Deus e levá-lo de volta a uma posição de comunhão e intimidade com Deus, tal qual Adão antes da queda.

“…tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas”. Dt 30:19

Por que os escândalos? Como o que envolveu Bianca Toledo

Em primeiro lugar, vamos entender o que é um escândalo. Escândalo, em suma, pode ser definido como algo que causa perplexidade por ferir normas relativas ao bom senso, à convenções morais ou religiosas, podendo causar indignação e sentimentos de revolta.
Jesus, em conversa com os seus discípulos, deixa bem claro que é impossível que não haja escândalos. Então, sempre presenciaremos escândalos enquanto o mundo existir, nas diferentes instituições da sociedade, até na Igreja e famílias.
Mas, por que os escândalos são inevitáveis?
Encontramos a resposta na própria Palavra de Deus. Nicodemos, fariseu e um dos principais dos judeus, certa noite foi ter com Jesus e tiveram uma boa conversa sobre salvação, vida eterna, pecado, dentre outros temas, e Jesus lhe disse que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as sua obras. Palavra que encontramos no Evangelho de João 3.19-20. Os escândalos acontecem, e nunca deixarão de acontecer, porque os homens amam o objeto do escândalo: O pecado. E, em uma escala proporcional, quanto maior o pecado, maior o escândalo, se podemos falar em pecado maior ou menor. Quanto maior a evidência da pessoa na sociedade o escândalo também é maior. A verdade é que tem fatos ou pecados que escandalizam mais do que outros.
Os causadores de escândalos não desejam que suas obras sejam manifestas, por isso, elas são praticadas ocultamente. E, quando são descobertas, negam com veemência. Se nossas obras não podem resistir à luz, certamente, são escandalosas. Quando vierem à tona, porque não há nada encoberto que não venha a ser revelado, será objeto de escândalo, causando atitude de indignação ou revolta.
Jesus nunca tratou o pecado com clemência, seja ele de pequena ou grandes proporções, e sempre deve ser considerado como desencadeador de escândalo. Se o homem não se conscientizar que tudo o que contradiz à Palavra de Deus, ao ser praticado, causará grandes estragos, na própria vida e na vida dos outros, está a caminho da perdição. Jesus lamentou por aqueles que poderiam ser canal de escândalo. Ministrando aos seus discípulos, Ele disse que se a mão, o pé , ou o olho de alguém o fizesse tropeçar, seria melhor arrancá-lo fora, e ter a entrada na vida eterna do que, tendo as duas mãos, pés ou olhos, ser lançado no inferno. Mt 18:7-9. Esta Palavra não deve ser entendida literalmente, se assim fosse, teria muita gente deficiente por ter mutilado a si mesmo, mas ele fez uma analogia, entre o que nos faz pecar e sua consequência, para chamar a atenção para a importância de sacrificar até aquilo que é de grande valor para nós, a fim de não perder o bem mais precioso, a salvação da alma.
Não nos enganemos, tudo o que o homem semear, isso ele ceifará. Se persistir no pecado e for instrumento de escândalos, sem profundo arrependimento, está destinado a uma vida separada de Deus por toda a eternidade.
Não nos tornemos vasos de desonra, mas vasos de honra que, com o nosso procedimento, levem as pessoas a não se escandalizarem, mas a exaltarem o Senhor da Glória!