O jovem rico e sua religiosidade

O jovem rico que procurou Jesus não era apenas detentor de muitos bens, mas, também, sentia-se satisfeito e rico com a sua condição religiosa. Ele procurou Jesus, não como um necessitado da graça de Deus, mas como que buscando aprovação do que ele era e como conduzia a sua vida.

A Bíblia diz que o jovem, sobre o qual podemos ler no Evangelho de Marcos 10.17-30, correu até Jesus, ajoelhou-se, em um ato de religiosidade explícita, e fez a seguinte pergunta: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Jesus conhece o coração do homem, nem sempre uma atitude certa corresponde a verdadeira atitude do coração. Jesus confrontou-o usando o vocativo com o qual o jovem se dirigiu a Ele. Jesus sabia qual a verdadeira intenção do seu coração e respondeu: Por que me chamas bom? Bom só há um que é Deus. Jesus queria que aquele jovem buscasse uma identificação com Ele. Jesus, o Filho de Deus, não estava se considerando bom, como alguém ousaria fazê-lo? Hoje, encontramos muitos nessa condição, que procuram se justificar diante de Deus e se acham bons o suficiente para serem salvos, por não fumar, não beber, não roubar e ter “uma religião”.

Jesus continuou perguntando ao jovem: Sabes os mandamentos? Claro que eu sei, não apenas sei como os tenho guardado, desde muito jovem! Em seu coração, o jovem se considerava justo e, assim, merecedor de um lugar no céu. Ele imaginava que poderia ser salvo pelo seu próprio esforço, pelas obras da lei. Para ele nada mais importava, ele era rico em todos os aspectos, não sentia falta de nada.

Jesus continuou e, apesar de olhar para Ele com muito amor e compaixão, essa foi fatal para revelar a sua verdadeira identidade, “Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. O jovem retirou-se triste, porque tinha muitas propriedades. A riqueza em si mesma não é algo condenável diante de Deus. Ele mesmo abençoou Abraão, Davi, Salomão e tantos outros homens com bens materiais. Mas, por que com esse jovem foi diferente? Jesus teve que tratá-lo no lugar em que ele estava e segundo a disposição do seu coração.   O jovem imaginava que poderia comprar a salvação por sua própria justiça, ele não entendia que a  reconciliação com Deus tinha um preço impagável, que riquezas materiais ou atos de bondade humana nunca seriam suficientes para dar pelo resgate de uma alma humana. Ele, com a  tristeza em renunciar os seus bens, revelou a natureza da sua religião e onde estava  verdadeiramente o seu coração.

Jesus aproveitou esse exemplo para ensinar aos que o seguiam sobre o verdadeiro valor dos bens materiais. Ele não condenava o fato de alguém ser rico ou deixá-lo de ser, seu ministério era sustentado por mulheres ricas, Ele atendia a pobres e ricos, mostrando-lhes o caminho para Deus que é um só, o caminho da renúncia, da negação do eu, de se tomar a própria cruz, de ter tudo como se nada tivesse, não tendo nada por precioso além do próprio Deus. A  riqueza do mundo todo não tem nenhum valor comparado ao valor de uma alma. A  riqueza torna-se uma maldição quando não pode ser renunciada em prol de valores espirituais. A riqueza é prejudicial quando não é subserviente à vontade de Deus e ao exercício da própria fé. A riqueza é nociva quando se torna instrumento de avareza e egoísmo. A riqueza é reprovável quando se torna um ídolo, afastando o homem de Deus.

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus”. Muitos tomam essa Palavra como se fossem bem aventurados  os desprovidos de bens materiais porque deles é o reino dos céus. Não é assim, mas refere-se há um clamor interior, por uma necessidade de dependência de Deus, nunca se sentindo satisfeito ou farto da sua presença. Há muitos ricos pobres e muitos pobres ricos. Há ricos que reconhecem que dependem totalmente da graça e misericórdia de Deus para a salvação e existem muitos pobres que se sentem donos de si mesmos, nunca acham que são necessitados  de Deus, mas se firmam em sua pobreza ou falsa humildade e nos seus próprios atos de justiça para a vida eterna.

“Quão difícil é, para os que confiam nas riquezas, entrar no Reino de Deus”. Essa Palavra é bem dura, o seu significado vai muito  além do que  confiar nas riquezas.  Implica no dever de não se ter nada por precioso além dos valores eternos, até a própria vida deve ser considerada sem nenhum valor, diante da preciosidade da  fé e confiança em Deus, diante do que Jesus já conquistou  na cruz. A nossa verdadeira herança  está guardada nas regiões celestiais, onde Cristo já está assentado com Deus. Qualquer coisa que possa se nomear nesta vida, nada é mais precioso do que estar em Cristo e, juntamente com ele, ser herdeiro de Deus !

Sua Bandeira sobre nós é o amor

O Senhor Jesus era judeu, veio para os judeus e usava da cultura judaica para ensiná-los,  por meio de parábolas, figuras, metáforas, para um melhor entendimento de sua mensagem. A ceia do Senhor, o preço pago na cruz, a promessa da sua vinda, a sua ascensão aos céus, tudo tem um fundo comparativo com um noivado judeu, na época de Jesus. Então, no Novo Testamento, a Igreja do Senhor é considerada a noiva de Cristo.

A noiva judia, depois de escolhida, tinha um preço a ser pago pelo seu pretendente ao seu pai. Para isso, era realizada uma cerimônia familiar na qual uma refeição com vinho era servida, e acertadas as cláusulas da aliança a ser firmada, o preço, o pagamento,  as obrigações,  a promessa da volta. Após  o ritual de noivado, o noivo deveria partir para a casa do pai para preparar a câmara nupcial, depois voltaria em um momento inesperado e arrebataria a sua noiva, com a qual tinha uma aliança e já pagara um preço significativo como prova do seu amor.

Figuradamente, a última ceia de Jesus com os seus discípulos corresponde a um ritual ou cerimônia de noivado: os cálices tomados, cada um com sua significação, o  prenúncio da sua morte que seria o preço a ser pago,  a promessa da sua volta. Assim, Jesus depois de cear partiu para o Getsêmani, foi traído por um dos seus discípulos, levado pelos soldados à presença do sumo sacerdote Caifás, escribas e anciãos judeus, onde foi humilhado, cuspido e esbofeteado. Depois, foi conduzido ao governador romano, Pilatos, para ser julgado, sendo acusado injustamente pela multidão e pelos principais da sinagoga judaica. Condenado, apesar de Pilatos não ver nele crime algum, mas para agradar aos seus acusadores, não se posicionou devidamente, e Jesus foi levado à cruz, pagando assim o preço exigido para ter a sua noiva.

O apóstolo Paulo foi bem enfático ao tratar a  Igreja como  a noiva de Cristo, tanto em sua carta aos Efésios 5.22-33 e também aos Coríntios, “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo”. E, nesse sentido, os cristãos autênticos, porque nem todos que se declaram  o são, aguardam o retorno do noivo para buscá-los como prometeu e, para isso, pagou um preço incalculável como prova do seu grande amor.

O amor da noiva é alimentado pela esperança da volta do noivo. Cada vez que a Igreja participa da ceia do Senhor, ela lembra do preço que o noivo pagou por ela e renova a esperança do seu retorno, como prometeu. 1 Co 11.25-26

A figura do noivado e casamento judeu é aplicada na relação entre Jesus e sua Igreja, porque é uma relação instituída por Deus na qual o amor, a pureza, a fidelidade devem ser evidenciados, e o noivo requer da sua noiva um proceder de santidade e comunhão com Ele. Sabemos que o casamento hoje tem sido vulgarizado, mas Deus não o estabeleceu para ser assim. Jesus, apesar de ter partido para a casa do Pai, está presente através do penhor ou selo que nos outorgou até que volte: o Consolador, o Espírito Santo da promessa. Assim, o noivo e a noiva podem alimentar uma relação constante de comunhão e intimidade. Todos os dias eles podem desfrutar de um banquete espiritual sob a bandeira do amor.

A verdadeira Igreja, apesar de perseguida, não está só, ela tem a cooperação do Espírito Santo de Deus que intercede por ela com gemidos inexprimíveis. Ela aguarda o dia em que o seu Senhor virá buscá-la e estará para sempre dentro dos portais eternos sob a sua eterna proteção e livre de qualquer ameaça inimiga, porque o mal já terá sido aniquilado. Eles desfrutarão, por toda a eternidade, um relacionamento ardente de amor e comunhão que  jamais esfriará. Esse é o Senhor a quem servimos, o nosso noivo, que por nós pagou um alto preço, preço de sangue, como prova do seu grande amor.

Como as noivas judias eram arrebatadas e levadas a casa do pai do noivo, seremos levados à casa do Pai, no qual participaremos das bodas de casamento e voltaremos com o nosso amado, não mais noivo, mas esposo, para reinar na Terra, que foi dada aos homens como morada, e reinaremos com Ele por mil anos! E, depois disso, por toda a eternidade no Novo Céu e na Nova Terra. Por isso, somos o povo mais feliz da Terra! Se escolhemos a sabedoria, valorizamos o privilégio do que somos em Cristo e não o trocamos por migalhas que tentam nos desviar do Caminho.
“Leva-me à sala do banquete e sua bandeira sobre nós é o amor”.

É possível servir a dois senhores?

Sabemos que as trevas têm assolado o mundo e penetrado no coração dos homens. Há uma batalha infindável, entre o reino das trevas e o reino da luz, disputando a vida de cada ser humano deste planeta. O objetivo é único: arregimentar vidas para a eternidade, para a morte ou para a vida, para condenação ou salvação
Há aqueles que deliberadamente servem ao príncipe das trevas, e outros que se posicionam determinantemente sob o domínio do Rei da Glória. Esses são reféns de suas escolhas e estão sob o senhorio do senhor que escolheram para servir. Infelizmente, há os que que têm o coração dividido, ora servem a Deus ora a satanás, estão em cima do muro, dizem pertencer a Deus, mas não abrem mão das coisas disponíveis e reprováveis das trevas.

As sutilezas do mundo espiritual são mais sérias do que se pensa. Nada sai barato quando alguém diz que quer Deus, e até se posiciona no seu reino, mas, de vez em quando, dá uma saidinha para passear no outro reino. O seu senhor costuma fazer prisioneiros de todos que passam por lá, pelo reino das trevas.  Se temos clareza sobre Deus e o significado do seu Reino, precisamos aprender a renunciar tudo o que está fora dele, a aprender a negar o próprio eu, a tomar a própria cruz e não ter nem a própria vida por preciosa. Precisamos aceitar incondicionalmente os valores do Reino de Deus que estão em sua Palavra, sem qualquer dúvida ou contestação. Tudo tem seu preço, servir a satanás tem um preço, servir a Deus também tem seu preço, mas as nossas escolhas revelam o nosso nível de sabedoria, o que verdadeiramente somos e, o mais importante, determinarão o lugar que estaremos no futuro.

O caminho da luz é estreito, espinhoso, não é nada atraente, mas ele conduz aos mistérios de Deus e a uma vida eterna plena da sua presença e de toda glória que se possa imaginar. Tem um final sem qualquer vestígio de dor, tristeza ou sofrimento, mas de gozo em sua total plenitude.
O caminho das trevas pode ser atrativo, de desejos satisfeitos de imediato, de prazeres carnais ilusórios, de fama, de poder, de fascinação, mas o final dele é morte, dor, tristeza e desespero.

O caminho largo é repleto de sutilezas e iscas para atrair e enganar os desavisados e, até mesmo, os andantes do caminho da luz, e muitos são atraídos e tragados pelo seus jogos e brinquedos. Ilusoriamente, muitos imaginam poder usufruir dos dois reinos ao mesmo tempo ou poder estar sob o domínio dos dois senhores. Deseja-se o final do caminho estreito, mas não se despensa os prazeres momentâneos do caminho largo. Jesus disse que não se pode servir a dois senhores, não se pode amar a Deus e ao diabo, não tem como fazer a vontade de Deus e do príncipe das trevas ao mesmo tempo. Se alguém ama a um, é obrigado a odiar o outro. Se servir a um, obviamente, não serve ao outro. Não se pode continuar no caminho largo e fugir do seu final que é a ira vindoura.
Hoje, a oportunidade está, mais uma vez, lançada diante de todos: Escolha a quem servir. Se você acha que Deus é Deus, deve servi-lo sem reservas  e somente a Ele! Se alguém quer servir ao príncipe das trevas, é livre para fazê-lo. Eu escolho o Reino da Luz, escolho Deus, eu e a minha casa!

O frasco de alabastro

Certa vez, Jesus, em um jantar com seus amigos e discípulos, surpreendeu-se com uma situação inusitada: uma das mulheres, Maria, que fazia parte do grupo, foi em sua direção e, sem que ele esperasse, derramou o conteúdo de um frasco de alabastro, um perfume caríssimo, sobre a sua cabeça que escorreu por seu corpo, alcançando os seus pés, os quais ela enxugava com os seus cabelos.

Qual a reação de Jesus diante desse quadro? Muitos, ao lerem essa passagem, estranham o comportamento de Jesus em não ter repreendido a essa mulher e aceitar passivamente a sua atitude. Esse também foi o pensamento de alguns dos discípulos, e um deles não se conteve e expressou publicamente o que estava no seu íntimo: Por que tanto desperdício? Um perfume de um valor tão alto, não seria melhor vendê-lo e dar aos pobres? Quanta economia e cuidado com o bem alheio! Quanta generosidade para com o pobres! Será que ele realmente tinha esses sentimentos? Parece louvável, mas não era autêntico. A Bíblia diz que Judas era ladrão,  o que ele gostaria mesmo era que aquele valor estivesse sob a sua guarda, já que era responsável pelas finanças, “ele tinha a bolsa”. É comum isso se repetir nos dias atuais.  Não faltam os preocupados com os dízimos e ofertas entregues pelos fiéis na Casa do Senhor, não porque desejam uma boa aplicação dos recursos entregues, mas por lamentarem em não ter acesso a eles para fins escusos.

Diante do cenário de corações tão mesquinhos e irreverentes, Jesus revelou  publicamente o significado da atitude gloriosa daquela mulher. Ele a aprovou sem reservas dizendo que aquela ação, pura e desprendida, seria uma unção preparativa para o seu sepultamento.
Jesus espera de nós que derramemos sobre Ele todo o nosso perfume, todo o nosso ser, envolvendo tudo que temos e somos. O Apóstolo Paulo escreveu que somos o bom perfume de Cristo. Semelhantemente, ao frasco de alabastro que foi  usado para o Mestre, em toda a sua totalidade, devemos ser derramados com inteireza de coração, em atitude de adoração ao nosso Deus e Senhor, não apenas em momentos específicos e emotivos, mas em todo o tempo.

O frasco de alabastro significa uma vida sem reservas, no espírito, na alma e no corpo, totalmente entregue, como um sacrifício vivo e aceitável diante de Deus. Tudo o que há em nós deve ser canalizado para a glória de Deus. Isso se constitui em uma verdadeira adoração!

Condenados pela Palavra!

As palavras que proferimos abençoam ou amaldiçoam, nos condenam ou nos absolvem. Elas têm  poder criativo ou destrutivo. As palavras são levadas pelo vento, mas não se perdem, por isso, somos reféns de todas as palavras que saem da nossa boca.
Jesus, em um dos seus últimos discursos, disse aos judeus que não criam nele que a sua Palavra  seria instrumento de condenação  no último dia. Jo 12:48. Jesus pregava a verdade que ouvia de seu Pai, e era a revelação da sua própria vontade. Através da sua Palavra, o homem não tinha mais  desculpas para a transgressão da lei divina.

A lei de uma nação é um conjunto de normas ou princípios que devem ser observados e cumpridos, e ninguém ao transgredir a lei pode se justificar com a alegação de desconhecê-la. Nenhum juiz tem o direito de condenar alguém que está dentro da lei, e apenas pela lei uma pessoa é julgada e condenada. As leis dos homens podem, com o tempo, ser modificadas e até caducar, mas a Palavra de Deus é imutável, irrevogável e absoluta. O justo juiz no juízo final julgará os transgressores, segundo a sua própria Lei, sem parcialidades, dentro do que Ele estabeleceu segundo a sua vontade. Ele é justo, seus mandamentos são justos e com justiça julgará.

O sábio escolhe o caminho da vida, busca conhecer a constituição que rege o território no qual  está inserido, para evitar transgredi-la e se achar culpado. Assim, o reino espiritual é regido por princípios, estabelecidos pelo próprio Criador, deve-se ser diligente em conhecê-la. Os editos dos reis terrenos sempre tinham um grande peso e não podiam ser violados, da mesma forma,  a  Palavra de Deus têm  seus princípios e normas e ao transgredi-la o homem morrerá. Deus atenta para os passos do homem,  vê o seu proceder e conhece as intenções do coração. “Antes que a palavra chegue a sua boca, Ele já a conhece”. A Palavra de Deus é Soberana e está acima de qualquer  código legal que possa existir, é a lei máxima. Um rei não admite que a sua palavra seja violada, imaginem o Rei da Glória!

Cada um tem o direito de decidir obedecer ou refutar essa Palavra, colocá-la em lugar de honra em sua vida ou relegá-la a uma coisa sem valor, certamente colherá o fruto da sua escolha. A Palavra de Deus  é o que é, independente dos  valores pessoais ou qualquer sistema mundano, ela tem a sua própria essência que transcende o tempo ou padrões humanos.  Se a abrigarmos para a obediência, somos justificados por ela, se rejeitá-la continuaremos culpados. Jesus é a própria Palavra de Deus, Ele é a nossa justificação. A verdade é que essa Palavra será instrumento de condenação no julgamento final, para todo aquele que a rejeitar, não mais para absolvê-lo.  Esse é o maior erro que o homem pode cometer. “Errais em não conhecer as Escrituras nem o poder de Deus”.  Todo que comparecer diante do Trono Branco será pela razão única de ter rejeitado a Palavra de Deus e sem negociações receberá o veredito: Morte eterna.

Ganhando o mundo e perdendo a alma!

Vivemos em um mundo de valores distorcidos, no qual vale o que tem mais ou o que dá mais. As pessoas são medidas pelo que têm e não pelo que são. Todos somos vítimas desse sistema e assédio mundanos.
Até o Filho de Deus teve que suportar a oferta de satanás para desviá-lo da sua missão de salvador do mundo.

Todos os dias, as pessoas são bombardeadas neste mundo hostil por ofertas suntuosas e difíceis de serem rejeitadas – são caminhos fáceis, ganhos e prazeres, tudo de forma imediata e sem nenhum esforço ou obstáculos. É a tal “liberdade” dos que se dizem donos do próprio nariz, dos que desconhecem a lei ou os princípios morais e andam totalmente avessos aos valores da Palavra de Deus. São aqueles que não creem que no final do caminho, um juiz os aguardará para dar a cada um segundo as suas obras.

Qual o homem que, em sua sã consciência, trilharia um caminho fácil sabendo que no fim dele a morte o estaria esperando?  Será que ele não preferiria um caminho difícil, mas com a certeza que terminaria com um paraíso eterno? Mas, influenciados por seu senhor, os filhos das trevas têm questionado os filhos da luz sobre o fato de escolherem caminhos espinhosos para trilhar e não cansam de lhes apresentar os atrativos e as facilidades do caminho largo, em suas mais variadas formas, nos quais podem andar despreocupadamente, sem regras ou limites que porventura possam frustrá-los. Só que a escolha não deve ser baseada nas ilusões ou efeitos mágicos e imediatistas da vida, mas  no seu destino final. A pergunta que deve ser feita é para onde estou indo? Não importam os desafios da caminhada, mas aonde quero chegar? O caminho da vida é uma escolha da sabedoria, infelizmente a sabedoria não pertence a todos.

Para os insensatos, os que preferem viver despreocupadamente, nunca medem as consequências dos seus atos. Para eles, o ganho do momento é o que importa, Muitos, conscientemente, compactuam com as trevas em prol de migalhas de prazer passageiro. Os sábio escolhe a vida, não importa quão  desafiador e acidentado seja o caminho, ele busca coisas maiores e de incomparável valor. “Para o sábio, o caminho da vida é para cima, para que ele se desvie do inferno que está embaixo”. Não é surpreendente que a maioria tenha escolhido a morte. As coisas de maior valor sempre são mais difíceis  de serem conquistadas. O caminho da vida é uma rota que sempre exigirá  renúncia e negação do eu, é perder para ganhar. o sábio deslumbra  o final, o tesouro que o aguarda no fim. Para o sábio  o que verdadeiramente importa é como as coisas terminarão não como começam.

Reflitamos: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma”?

 

Vítimas da injustiça!

Todos, pelo menos uma vez na vida, já sofreram injustiças. O ano acaba de começar, mas podemos prever que milhares terão suas vidas carregadas ou, até mesmo, ceifadas pelo fruto da injustiça. Ao romper do Ano novo, na cidade de Campinas, São Paulo, uma família inteira foi dizimada por um doente emocional que se sentia injustiçado e preferiu alimentar as suas amarguras, chegando a sua máxima consequência, assassinatos e suicídio.  Por que coisas tão ruins acontecem todos os dias? De quem é a culpa? Há aqueles que sempre culpam Deus pelas desgraças do mundo.

Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, para a prática da justiça. Se não fosse a queda do homem, não existiria nenhuma obra injusta na face da Terra. Não haveria qualquer dor ou sofrimento nem contendas, e tudo fluiria na mais perfeita paz e harmonia nas famílias e relacionamentos. Quando o homem abriu uma brecha para a desobediência a Deus, um portão gigante foi aberto para todo o tipo de mazelas adentrarem em seu coração, com isso, deu-se origem a toda sorte de injustiças praticadas pelo próprio homem. Assim, é inevitável que soframos injustiças, mas cabe a cada um decidir o que fazer com elas. Esse homem, autor da chacina à qual nos referimos, sentia-se injustiçado, desconhecemos os detalhes do seu sofrimento emocional, mas ele alimentou o ódio em vez do amor, a vingança em lugar do perdão. Exteriormente, as coisas podem ser simples para serem explicadas, mas complexas, quando se levam em conta o coração e as maquinações interiores vivenciadas individualmente. Pelas reportagens, ele era um homem normal, de bom comportamento e educação. Mas o coração do homem é um campo desconhecido. Jesus disse para os seus discípulos que as  más ações do homem procedem do seu interior. Por essa razão , Deus é o único que pode julgar o homem, porque, enquanto atentamos para a aparência, Ele conhece o  coração em seu mais oculto intento.

A conta imputada à desobediência dos princípios divinos, revelados em sua Palavra, é altíssima! O homem precisa entender que a falta de perdão e a não dependência de Deus, para reverter qualquer situação de crise nos relacionamentos é uma insensatez. A sede pela vingança é o caminho dos tolos e sempre deixa seu rastro de destruição. Quando a amargura é alimentada, ela contamina o interior da pessoa e pode extravasar, a ponto de fazer muitas vítimas, como no caso citado, ele mesmo mais doze pessoas, e a maioria nada tinha a ver com a questão.

Sábio é aquele que aprende com os erros dos outros e tira lições para a sua própria vida. Vale a pena odiar e não perdoar? Vale a pena pôr em prática a vingança e não depender da justiça divina? Vale a pena perder o equilíbrio emocional pelas injustiças sofridas? Vale a pena perder a alma e acordar no inferno por qualquer intemperança, grande ou pequena? Não, não vale. O bem mais precioso do homem é fazer a vontade de Deus, é  guardar a sua Palavra, ainda que com lágrimas, em algumas situações. É não perder a sua fé e confiança em Deus.  Isso sim, é escolher a melhor parte, é semear a justiça e aguardar com paciência a sua grande e incomparável recompensa!

Verdade e Justiça!

Deus é a verdade e não há nele injustiça. Dt 31.4

Dois atributos necessários para que possamos nos relacionar com uma pessoa, harmoniosa e confiadamente: verdade e justiça.

Desde que nascemos, a nossa vida está em jogo. Somos ameaçados todos os dias pelo cenário próprio deste mundo fragilizado em sua própria corrupção. Diante das circunstâncias adversas do mundo hostil, protagonizadas principalmente por seu príncipe e seguidores, a quem devemos entregar o nosso destino e buscar abrigo, para desfrutar do amor e segurança, requisitos básicos tão necessários à alma humana?

Moisés, o grande profeta de Deus, contemplou, literalmente, a glória de Deus! Ele não conheceu a Deus de ouvir falar, mas pode experimentar do esplendor da sua glória, ouvir a sua voz e estar em sua presença imediata. Assim, não há ninguém mais habilitado neste planeta como Moisés, para testificar  que o Deus  que ele viu e  esteve em sua presença, dentre outros atributos, a verdade e a justiça é o ornamento do seu caráter.  Muitos outros profetas e escritores da Bíblia puderam também autenticar essa verdade por inúmeras vezes. Na atualidade, os filhos de Deus têm provado dessa verdade. Os que andam com Ele, jamais serão traídos pelo engano ou injustiças.

Em Deus, ainda que em um mundo pervertido, podemos ter a certeza da sua fidelidade e proteção, porque o seu Trono de Gloria é firmado na verdade e justiça. Como não se regozijar em sua presença e desfrutar da paz e segurança que somente Ele pode dar?  Adoremos o Deus verdadeiro e justo!

Os “sem rumo” da vida!

Muitos trilham a estrada da vida sem saber o porquê de estar aqui ou para onde estão indo.
É grande hipocrisia colocar o homem como um ser desprovido das coisas concernentes a Deus ou à religião, se assim queiram chamar. Seria a mesma coisa de tentar separar o ser humano dos seus próprios sentidos e, isso, não teria nenhuma razão de ser. O homem é um ser que tem a sua origem em Deus, como amputá-lo dessa verdade?

Nos dias atuais, a ordem é: “Não fale em Deus”. “Deus é religião”, “O Estado é laico, assim como a Escola e a Política”. Não misture as coisas. Cada um em seu devido lugar”. Isso é colocado como uma sutileza para afastar o homem de Deus. Assim, Deus foi banido dos lugares que Ele deveria ocupar, o primeiro lugar. É tanta a indiferença em relação a Deus e seus valores que, para a maioria, torna-se vergonhoso ou repugnante quando alguém tenta inserir Deus e a fé nos contextos seculares, em maior ou menor grau. Mas como separar o homem daquilo que ele é, como separá-lo da sua própria essência?´

Apesar de haver um clamor internalizado em cada cidadão deste planeta, os homens tomam direções independentes daquilo que eles são, seres espirituais. Assim, os homens continuam a sua caminhada sem rumo ou direção até chegar à linha final, quando terão que enfrentar o autor da vida. Desesperados, chocam-se com a realidade da sua essência. Nesse momento, o conceito sobre Deus toma outra versão: “Deus é bom, é tudo, e teria por obrigação me aceitar, porque eu também sou bom”. Tarde demais, como Deus receberia alguém que o ignorou por toda a vida e sem arrependimento?

Sabemos que ainda que os governantes e legisladores queiram assumir o controle das ações dos homens, criando leis e rotas, segundo o seu bel prazer e intenções de seus próprios corações, não anulam a voz interior do homem, silenciosa e desesperada, que grita por algo que o norteie e o satisfaça. Cabe a cada um deixar-se guiar pelo seu próprio clamor e traçar o seu caminho com Deus, ou se deixar influenciar pelas tendências dos “formadores de opinião” e continuar sem rumo pela estrada da vida.

O que Deus quer de mim?

Cremos que Deus criou todas as coisas: O Universo e tudo o que nele há, a Terra e, para habitá-la, formou o homem. Mas muitos não sabem o porquê de estar aqui, neste belo planeta, a razão de ter sido criado nem para onde vai.

A Sabedoria de Deus não o deixaria criar alguma coisa desprovida de propósito. Ele criou o homem com um fim específico. A Bíblia diz que fomos criados para o Louvor da sua Glória! Sim, Ele é um Ser glorioso e deseja que o homem reconheça isso e traga diante dEle o Louvor que lhe é devido. Mas, para que isso aconteça, o homem precisa conhecê-Lo, reconhecer nEle o que Ele realmente é. Conhecer, sobretudo, o seu caráter e atributos. Para conhecermos alguém, precisamos andar com essa pessoa e estar perto.

Deus, antes de desejar que os homens o louvem e o adorem, Ele quer desenvolver com cada um um RELACIONAMENTO, que gere atitudes de intimidade e comunhão. Quando aprendemos a ter com Ele um relacionamento de Pai e Filho e mesmo de noivo e noiva, através de Jesus, a nós, nos é revelada a essência do seu amor e caráter, descobrimos o seu agir e podemos confiar nEle, até nas situações mais adversas. Esse relacionamento não pode ser esporádico, mas contínuo, até mesmo, porque Ele prometeu que viria e faria morada em nós, se nós o amássemos. Lembrando que não há relacionamento verdadeiro sem amor e, obviamente, não há comunhão com o Pai  sem um coração inclinado a agradar-lhe em  uma atitude de obediência.

Então, Deus é um Ser pessoal, com o qual podemos desfrutar de uma relação eterna de amizade e comunhão. Ele se agrada disso!
Qual deus tem com a sua criação (se algum deus  pode criar alguma coisa) um relacionamento pessoal? Que as nações digam daqueles que, através do Espírito Santo, andam com Deus: “Só este grande povo é gente sábia e inteligente. Porque, que gente há tão grande que tenha deuses tão chegados como o Senhor, nosso Deus, todas as vezes que o chamamos”?

“Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor…” Na sua presença há uma porção ilimitada de alegria!