Amor e Palavra

O amor de Deus é tão grande que se torna imensurável, mas a sua Palavra traz profundas revelações para que possamos ter um entendimento do significado desse amor e como ele se manifesta através das nossas vidas. O apóstolo João, conhecido como o apóstolo do amor, é o que traz uma revelação mais precisa do amor de Deus. João andou com Jesus, estava bem próximo dele e pode captar os ensinos espirituais mais profundos da essência do amor de Deus, revelados na pessoa de Jesus.

Muitos têm confundido o amor de Deus como um amor permissivo, tolerante com o erro e o pecado, tal como um pai que, em nome do amor, não consegue colocar limites na vida do filho e sempre está passando a mão sobre a sua cabeça diante dos seus erros, quando deveria estar corrigindo-o. O amor corrige. O amor conduz pelo caminho do bem. O amor trilha as veredas da justiça. O amor de Deus nos molda à forma de Jesus. No evangelho do referido apóstolo, traz uma revelação enfática e inconfundível entre o amor de Deus e a sua Palavra. João começa o seu Evangelho dizendo que Jesus é o Verbo de Deus. Jesus é a revelação do próprio Deus. A seguir, nos capítulos 14 e 15, João relaciona o amor de Deus com a obediência a sua Palavra de, tal forma, que não se pode amar a Deus se não se amar a sua Palavra – é impossível amar a Deus e, ao mesmo tempo, ignorar a sua Palavra – amar a Deus é obedecer a Palavra de Deus. “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama…Se alguém me ama, guardará a minha Palavra…Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor…” Jo 14.15,21; 15.23,10.

Portanto, o amor que temos a Deus está intrinsecamente ligado ao amor que dispensamos a Sua Palavra. É impossível um se desvincilhar do outro. A Palavra de Deus é o meio pelo qual o conhecemos e nos tornamos íntimos dEle e podemos experimentar mais e mais do seu amor. Se dissermos que amamos a Deus, mas ignoramos a sua Palavra, ou a aceitamos com parcialidades, está na hora de se rever esse amor.

 

Graça sobre graça

Graça – Favor imerecido. A graça de Deus é o favor de muito maior imerecimento por nossa parte. Como um Deus tão grande pode se importar com criaturas tão alienadas do propósito para o qual foram criadas e, naturalmente, condenadas?

Desde o início, o homem foi alvo da graça de Deus. Muitos que viveram antes e na velha aliança, que escolheram crer em Deus, foram alcançados pelo seu amor, judeus e até gentios como Rute, Raabe e tantos outros.
Com o advento do Messias,  a Revelação de Deus para os homens, a graça de Deus se manifestou em sua plenitude a todos os homens. Jo 1.16. Uma graça maravilhosa alcança, ou está disponível, a todos, a graça  que custou o maior de todos os preços, o maior sacrifício, o sangue de Jesus, o sangue do próprio Filho de Deus! Como não se maravilhar com essa graça imensurável, como não corresponder a esse amor que entregou o seu melhor? Como não se deleitar na presença do nosso resgatador, daquele que nos livrou da condenação eterna e nos fez livres do poder do pecado e da ira de Deus?

Hoje, a verdade não está mais escondida em prefigurações de sacrifícios e utensílios do tabernáculo. A graça salvadora não é mais fruto do nosso empenho em se guardar a lei, mas da ação do Espírito Santo na vida dos que creem, e Ele mesmo vindo fazer morada em nosso coração, regenerando o nosso espírito e nos recriando segundo à imagem de Cristo. É a graça de Deus, é a graça sobre graça nos alcançando.

Vontade ou Permissão de Deus?

Todos os dias, muitas coisas ruins acontecem pelo mundo afora. São acidentes, doenças, injustiças, violências, misérias e tantas outras mazelas que afligem a humanidade. Costumamos sempre ouvir que tudo é a vontade de Deus. Deus é Soberano, é verdade, mas, será que tudo o que acontece é a  Sua vontade?

Apesar de tudo ser atribuído a Deus, essa ideia não é verdadeira. Se assim fosse, Deus seria responsável por toda maldade do mundo, e  homem nenhum deveria responder por seus atos.  A própria Palavra de Deus diz que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita. As desgraças que afligem a humanidade é incompatível com um Deus justo e bom. Infelizmente, encontramos tantas pessoas, até aquelas que já tiveram um encontro com Jesus, culpando Deus quando alguma coisa não dá certo em suas vidas e ao redor do mundo. Se não anda bem nos negócios, “Deus quer que assim seja”, se alguém está doente “faça-se a vontade de Deus, se morre, “Deus assim o quis”, se o avião cai, “Deus sabe todas as coisas”. Apesar da instrução bíblica: “Em tudo dai graças”, em tudo, não por tudo, nem tudo é a vontade de Deus. Muita coisa Ele permite, já  que o homem foi criado com direito a escolhas.

O mundo jaz no maligno. Ele é o príncipe deste mundo,  pelo tempo determinado para ele, através da legalidade adquirida com a desobediência do primeiro homem. Foi o homem que deixou satanás entrar no mundo para participar do governo da Terra, função  delegada por Deus ao próprio homem. O diabo veio para matar, roubar e destruir. Muitos males que assolam a humanidade é obra direta das trevas. Até tragédias naturais podem ser provocadas pela força do mal. Os discípulos de Jesus estavam em  alto  mar  e foram surpreendidos por uma grande tempestade. Jesus repreendeu o mar, e ele se acalmou. Se a tempestade tivesse vindo de Deus, Jesus não a repreenderia. Enquanto satanás age neste mundo para afligir os homens, Jesus veio para dar vida e vida em abundância.

Ao homem foi dado o livre arbítrio, ele é responsável por suas próprias escolhas e colherá os frutos relacionados com elas.  Muitas coisas más poderiam ser evitadas, se o homens obedecessem  aos princípios da Palavra de Deus,  que são fonte de vida e refrigério. Tal como um filho que deseja sair para curtir a noite, mesmo contra a vontade do pai, e é surpreendido por assaltantes que levam tudo dele, não poderá acusar o pai pela desventura sofrida.    De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados. Lamentações 3.39. Tomemos,  também, como exemplo,  uma doença resultante de hábitos alimentares desregrados que levam ao prejuízo da saúde. A doença decorrente, e até a morte, não foi a vontade de Deus. Tantas outras coisas acontecem, por vontade e escolha exclusiva do homem, pela ganância, inveja e egoísmo que levam a prejuízos irreparáveis e não terminam com um final feliz. Com certeza, Deus não escreveu essa história. ´Vontade é diferente de permissão. Deus respeita, muitas vezes, até contra a Sua própria vontade, o que Ele estabeleceu no início, como as leis naturais e a própria decisão do homem. Contudo, Deus pode transformar o caos estabelecido quando  o homem se volta para Ele, retirando-o das mãos de satanás e entregando-o a Deus, através do arrependimento de suas más obras e da oração.

Definitivamente, nem tudo o que acontece no mundo é a vontade de Deus. Aprendamos a nos humilhar diante de dEle, reconhecendo que todo o nosso infortúnio foi plantado por nossas próprias escolhas!

Portanto, comerão do fruto do seu caminho e fartar-se-ão dos seus próprios conselhos. Provérbios 1.31

 

Por que orar?

Por que precisamos orar, se Deus sabe todas as coisas? A Bíblia diz que antes que as palavras cheguem a nossa boca, Deus já as conhece todas.

Deus, por princípios estabelecidos por Ele mesmo, só age na Terra através  dos homens. A Bíblia diz que os céus são os céus do Senhor, mas a terra Ele deu aos filhos do homens. Sl 115.16.  Ao criar o homem, Deus disse que Ele dominaria a Terra, mas  com a queda, o homem deu legalidade a satanás a agir em sua casa, ou seja, o poder de governo que Deus outorgou a ele, o  homem dividiu  com o príncipe das trevas. Mt 4.8-9. Deus é justo, Ele não viola as leis que Ele mesmo estabeleceu. O homem deve se responsabilizar pelas consequências de sua escolha e  autorizar  Deus a agir. Através da oração, o homem tira da mão de satanás o poder de ação e transfere para Deus. Para um melhor entendimento, suponhamos que alguém colocou uma causa na mão de um advogado, dando-lhe uma procuração. Nenhum outro advogado, por melhor que seja, poderá fazer qualquer coisa por essa pessoa. Ele somente que poderá transferir o poder de atuação, anulando a legalidade de um e transferindo para o outro. Nessas condições, podemos considerar que todo e qualquer tipo de oração é uma guerra. O detentor  e usurpador dos direitos do homem, não fica satisfeito quando o homem deixa-o para trás e  faz a opção de andar sob o domínio do Senhor Jesus,  confiando a Ele as demandas da sua vida.

Além desse entendimento,  precisamos orar porque é uma ordem divina. Orar é dizer a Deus que dependemos dEle e sem Ele não podemos fazer nada.  Jesus tinha uma vida de oração.  Ele é o maior exemplo de vida de oração, e aparentemente não tinha necessidades, Ele era o Filho de Deus.  Oração não é  apenas uma série de petições ou uma lista de desejos que trazemos diante de Deus e marcamos os que vãos sendo atendidos. È verdade que Jesus prometeu responder as nossas petições pessoais  e de intercessão pelos outros, e somos respaldados com a sua Palavra em sermos persistentes. Mt 7.7.  Mas oração é muito mais do que isso, é mais do que possamos imaginar.

Oração é relacionamento com Deus, é lugar de comunhão com Ele. Isso inclui momentos de contemplação, de louvor e adoração ao seu nome. Podemos ter intimidade com Deus, não somente quando tiramos um tempo específico para estarmos em oração, mas continuamente.

Oração é um estilo de vida. Podemos desfrutar da sua presença em qualquer lugar ou a qualquer momento, Ele quer ter participação ativa  em nossas vidas e em nossos pensamentos e isso depende de cada um, mantê-lo permanentemente em si mesmo. Ele prometeu que moraria em nós se amássemos a sua Palavra, se o amamos não podemos ignorar a sua presença e participação em tudo que fizermos. Assim,  oração é um meio pelo qual mantemos o nosso coração em chamas por Jesus.

Oração é direção de Deus para as nossas decisões, por menores que sejam. Se Ele é um amigo que está sempre em nossa companhia, Ele é participativo, não anda conosco em silêncio, mas, através de um testemunho ou voz interior no nosso espírito, Ele dirige os nossos passos.

Oração é confiança em Deus. Não existe diálogo, muito menos petição a alguém, se duvidamos da sua existência e não confiamos nela. Confiamos quando conhecemos. Há um convite por parte do profeta Oseias: Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor… Os 6.3.  Através da sua Palavra, podemos conhecê-lo em profundidade, e nossas orações deverão  estar alinhadas com a sua vontade. Por isso, são tantas orações não atendidas, tantos desejos que não se materializam.

Oração envolve fé, não é um salto no escuro, envolve ver o sobrenatural de Deus. Ele é Espírito, e importa que todo aquele que se aproxima dele, creia que Ele existe. Sem fé é impossível agradar a Deus, sem fé não há resposta de oração.

Oração é a melhor forma de amar.  Se tivermos dificuldade em amar uma pessoa, experimentemos orar por ela, ou seja, falar com o nosso amigo Jesus sobre ela. Um amor vai fluir naturalmente, e todo sentimento amargo certamente desaparecerá.

Oração é um meio pelo qual mantemos o coração em paz e livre de ansiedades.7 Fp 4.6- Qualquer problema que nos aflija podemos colocar nas mãos do Criador de todas as coisas, do Deus Soberano, que tem todo o poder e para Ele não há impossíveis, então, podemos descansar se confiarmos a Ele todas as nossas encrencas.

Enfim, oração é o oxigênio que nos mantém saudáveis e íntimos do nosso Pai. Sim, precisamos orar sempre e nunca desfalecer. Precisamos e podemos sempre sair vencedores nessa guerra!

Porque Ele veio Feliz Natal!

Deus criou o homem para o louvor da sua glória. O homem não aterrizou no planeta Terra por obra do acaso, mas ele foi colocado neste mundo com um propósito. Cada vida é preciosa aos olhos de Deus e tem um lugar em sua criação.

Com Jesus não foi diferente, Deus o enviou ao mundo para cumprir o maior dos seus planos. A Terra, Deus deu aos filhos dos homens, e um homem para entrar neste planeta só é possível através de meios naturais, através do  ventre de uma mulher. Satanás entrou na Terra ilegalmente por força e usurpação, mas Jesus, mesmo sendo Deus, teve que passar nove meses em em um ventre materno e nascer como qualquer outro homem. Ele foi gerado por obra e graça do Espírito Santo, excepcionalmente, não precisou da semente de um homem, mas o próprio Deus o gerou. Teria que ser dessa forma, porque não existia semente humana que não estivesse contaminada com o pecado herdado de Adão.
Jesus veio, foi gerado por Deus no ventre de Maria,  assim, apto a ser sacrificado como um Cordeiro sem mácula e sem defeito algum pelos pecados da humanidade. Esse foi o propósito por que Ele veio. Nasceu para ser sacrificado em uma cruz! Não há como separar o Natal da realidade do Calvário. Nunca devemos fazer essa separação. Afinal, o valor de um homem não é medido porque nasceu um dia, mas como viveu e  morreu.

Jesus é a única resposta para a deplorável situação do homem, não  somente porque Ele   nasceu, mas porque Ele morreu e ressuscitou. Na sua morte e ressurreição está a nossa vitória. Jesus é a maior prova do amor de Deus pelo homem, ao enviar Jesus para resgatar o homem dos seus  pecados e voltar a ter comunhão com Ele . Ele deu o maior de todos os presentes que poderia dar, Deus  deu o seu melhor, não poderia haver maior dádiva para Ele oferecer. Há muita injustiça quando se diz que Deus não se importa com o ser humano, quando citam vítimas de tragédias naturais, de fome, criancinhas morrendo à míngua,  doenças e inúmeras outras misérias espalhadas pelo mundo. Não reconhecem o verdadeiro autor de todas as mazelas, foi assim desde o princípio, e, com o seu engano, continua a contaminar os homens e distorcer a imagem do Criador. Além de satanás, o próprio homem com suas más escolhas é responsável pela maioria das desgraças que o assolam.

Nesta semana, o mundo cristão festeja o Natal de Jesus. As pessoas, umas às  outras, desejam Feliz Natal, trocam presentes, reúnem-se em família, ceiam juntos na festa de aniversário que, na maioria das vezes, o aniversariante é proibido de entrar. Tão poucos têm entendimento da razão de Jesus ter nascido e quem realmente Ele é. E, mesmo festejando o Natal, os corações estão distantes do seu verdadeiro sentido porque não creem nele.

A história da humanidade seria bem diferente, se os homens conhecessem o Jesus do Natal e a razão por que Ele veio.

Porque Ele veio somos perdoados
Porque Ele veio temos salvação
Porque Ele veio somos filhos de Deus por adoção
Porque Ele veio somos livres da condenação eterna
Porque Ele veio temos confiança
Porque Ele veio temos paz
Porque Ele veio temos alegria
Porque Ele veio temos segurança
Porque Ele veio podemos amar e perdoar
Porque Ele veio somos mais que vencedores
Porque Ele veio podemos crer no amanhã
Porque Ele veio temos fé
Porque Ele veio fomos sarados
Porque Ele veio podemos vencer o mal
Porque Ele veio temos esperança
Porque Ele veio temos a Palavra de  Deus
Porque Ele veio temos comunhão com Deus
Porque Ele veio podemos permanecer nele
Porque Ele veio não tememos a fúria do inimigo
Porque Ele veio podemos orar e adorar
Porque Ele veio temos a vida eterna.

Jesus é tudo que precisamos, e somos infinitamente  gratos a Deus porque Ele veio. Feliz Natal!

Ele venceu a morte!

A morte é o maior inimigo do homem. Quando ela chega, causa um grande temor e não faz acepção de pessoas. A morte escolhe suas vítimas independentemente da etnia, da camada social, da religião, do sexo ou faixa etária. A morte bate à porta de todos trazendo sempre o seu terror e desespero. Por que a morte é tão aterrorizante e temida, apesar de todos saberem que o encontro com ela é inevitável?

O homem foi criado para viver eternamente. A morte entrou no mundo através da desobediência do homem ao seu Criador. Deus deu a terra para que o homem a dominasse e usufruísse de todos os seus bens. Como um bom administrador, deveria  cultivá-la, comer do seu fruto e com a  sua criatividade  usar todos os recursos disponíveis na natureza para grandes invenções. Além de ter acesso diário a Deus, que vinha conversar com ele na viração do dia. Mas,o homem abriu a porta para que a destruição entrasse. Preferiu dar ouvidos à mentira de satanás do que confiar na Palavra do seu Amigo e Criador.  O pecado mesclou o intelecto humano, a sua potencialidade foi afetada e bem pouco de sua totalidade é usada. A corrupção atingiu toda  estrutura humana em todas as suas dimensões, no espírito, na alma e no corpo. O relacionamento com Deus foi quebrado.  A  morte espiritual o atingiu, separando-o de de Deus, além da morte  física, que se tornou o seu maior inimigo na carne.

A boa notícia é que Deus manteve  o seu propósito quanto à criação do homem. Ele o criou para o louvor da sua glória e a queda do homem não frustrou o plano de Deus,  que  para resgatá-lo ainda tivesse  que pagar um alto preço. No dia em que Adão foi expulso do Éden, não como  um   castigo divino, mas em uma atitude de amor, para que não comesse da árvore da vida e tivesse que viver eternamente carregando as mazelas do pecado, Deus falou para Adão e para Eva sobre como seriam suas vidas com a consequência do pecado e, também, disse para a serpente (satanás) que da semente da mulher viria um que lhe feriria a cabeça e ele seria ferido no calcanhar. Ele não imaginou que isso se cumpriria na morte de Jesus na cruz.

Depois de aproximadamente quatro mil anos, a  promessa de Deus   começa a se cumprir: Jesus nasceu! O nascimento de Jesus é o início da derrota da própria morte. Jesus, depois de viver fazendo o bem e pregando as boas novas do reino de Deus, Ele foi traído pelos seus e conduzido à morte de cruz, a pior de todas as mortes. O próprio Filho de Deus humildemente a si mesmo se entregou. Para o inferno, parecia a maior das derrotas do reino da luz, mas ele estava enganado. A morte de Jesus foi a  maior vitória dos homens, porque Jesus não ficou detido na sepultura, apesar do seu espírito ter descido ao hades, de lá, Ele emergiu, trazendo consigo as chaves da morte e do inferno. O véu do templo se rasgou de alto a baixo, um novo caminho foi inaugurado e todos que quiserem poderão ter livre acesso a Deus, através do sangue de Jesus. O pecado não terá mais domínio sobre a vida daqueles que creem e querem ter uma vida de comunhão plena com o seu Deus e Pai. Jesus foi vitorioso, Jesus venceu a morte. A maior derrota do inferno foi a morte e ressurreição de Jesus. Não há mais necessidade de temer a morte, porque Jesus  a venceu, e se alguém está nEle, é vencedor com Ele! “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitoria”? Jesus venceu a morte!

Espírito e Vida

No segundo domingo de Dezembro, comemora-se o Dia da Bíblia. A Bíblia Sagrada não é um livro qualquer e não pode se igualar a nenhum outro, ela vai mais além de tinta e papel. “As palavras que vos digo são espírito e vida”. Jo 6.63

Quando contemplamos a obra da criação, ficamos a imaginar como tudo foi criado e se mantém até hoje,  com sua beleza e singularidade,  que o melhor de todos os arquitetos que já passaram por este mundo  não seria capaz de criar um grão de areia.
O que mais impressiona é que tudo isso foi criado com a Palavra proferida pela boca de Deus. Apenas o homem, Ele fez com as suas mãos e com o seu sopro lhe deu vida.
No livro de Salmos, 33.6,9, lemos: Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito da sua boca. Porque falou e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu.
Se estivéssemos diante de alguém que falasse e as coisas fossem sendo criadas, segundo a ordem de suas palavras, certamente, acharíamos fantástico e sobrenatural, e muitos se encurvariam diante de tal pessoa. Obviamente, ficaríamos maravilhados, mas também muito assustados e sem explicação.

A Palavra de Deus tem poder vivificante e criativo. As palavras não são visíveis, mas têm significado e podemos sentir o seu efeito quando proferidas. As palavras que saem da boca do homem têm poder de morte ou vida. “A morte e a vida estão no poder da língua”;  imagine as palavras que saem da boca de Deus! Naturalmente, as palavras não se perdem no espaço nem no tempo.  O que se diz é dito e não tem como se desfazer, a não ser com novas palavras  que às vezes são usadas para corrigir ou explicar o que foi mal dito, mas as velhas continuam lá. Por isso, é muito importante usar a nossa fala com cautela.

Deus proferiu a sua palavra para expressar a sua vontade e revelar o seu caráter aos homens.  Ele é fiel naquilo que diz e promete. Deus não criou o homem e o jogou na Terra sem rumo ou direção, mas, desde o início, para Adão, Ele revelou a sua vontade quando o colocou no Éden. Com a transgressão de Adão à Palavra de Deus, ele sofreu duras e irreparáveis consequências, às quais passaram a toda descendência humana. Contudo, Deus fez uma promessa a Adão para resgatar o homem dos seus pecados e trazê-lo de volta para si, afinal, o homem foi criado com o sublime propósito de andar em comunhão com Deus e para o louvor da sua Glória. O propósito e o plano de Deus para o homem está delineado em sua Palavra revelada a homens que escolheram andar com Deus na caminhada da vida.  A Bíblia Sagrada, um compêndio de Livros escritos por 40 autores de diferentes épocas, traz a revelação genuína da vontade de Deus para o homem e ela se constitui em revelação e instruções, e,  dependendo do posicionamento do homem em relação a essa Palavra, ele colherá bênçãos ou maldições, vida ou morte.

Se a Palavra de Deus expressa a sua vontade, o homem tem obrigação de observá-la para não se desviar da vontade do seu Criador. A Bíblia Sagrada é a própria Palavra de Deus. A vontade de Deus em relação ao homem, direitos e deveres, não está oculta, mas revelada. Cabe a cada um observar e propor no seu coração obedecer, porque a sua Palavra não pode ser transgredida sem que se sofra as devidas consequências. Se o poder criador da Palavra de Deus é tão evidente nas obras da criação, as demais coisas, como o dever de cumprir  o que foi dito para a vida ou morte,  são irrevogáveis.

A Palavra de Deus, como já foi dito, é espírito e vida, ela se constitui no verdadeiro e suficiente alimento para o espírito do homem, gerando-lhe vida. A Bíblia diz que Jesus é o Verbo de Deus, Ele é a própria Palavra de Deus e através dele somente o homem tem acesso a Deus. Se alguém disser que ama a Jesus, mas não ama a sua Palavra, essa pessoa está investida de incoerência e engano.  Que haja uma corrida para se buscar diariamente, em todo o tempo, o alimento que traz vida, a Palavra  viva de Deus!

Livre para ser um servo

Quando falamos em Servo,  temos ideia de alguém que vive sob o domínio de um senhor ou sob escravidão. Naturalmente, os servos não são livres para fazer o que querem. Levando em conta esse pensamento, como falar sobre a liberdade de um servo?

Entendemos pela Palavra de Deus que existem apenas dois reinos que dominam este mundo: O reino das trevas e o reino da luz. Ou um indivíduo pertence a um ou a outro. Não há como se ter ou servir a dois senhores.  Na tentação de Jesus, satanás deixou bem claro que ele é o príncipe deste mundo. Assim, um dos reinos pertence a ele. Jesus também é Senhor e Ele mesmo disse que o seu reino não é deste mundo, o seu reino tem valores mais altos e Ele tem a Soberania,  o domínio e o poder sobre todas as coisas. Ele veio para libertar os homens do domínio das trevas e resgatá-los para o reino da luz.

Há diferenças consideráveis entre os dois reinos. O reino das trevas é firmado no engano, o da luz na verdade, o reino das trevas é morte, o da luz é vida, o reino das trevas é condenação, o da luz é salvação. O reino das trevas é tristeza, o da luz é alegria no Espírito Santo. O reino das trevas tem como senhor satanás, o reino da luz tem o Senhor e o Criador do universo, o Rei da Glória.

Através de Adão, o pecado entrou no mundo e consequentemente o domínio das trevas. Deus, com o seu grande amor, proveu um resgatador, Jesus, o Cordeiro De Deus que tira o pecado do mundo, fazendo de todo homem que crê apto para o seu reino. Assim, através da fé em Jesus Cristo, aquele que o receber em seu coração,  não é apenas um servo, mas Filho de Deus e é transportado imediatamente do reino das trevas para o reino da luz.

As correntes do reino das trevas são o pecado que mantêm os seus súditos nas cadeias escuras com toda sorte de mazelas, trazendo-os aprisionados e sem direito ao oxigênio saudável e necessário para a vida. O seu senhor tem o costume de usar os seus servidores e depois jogá-los fora. Jesus, o Senhor do reino da luz, não lança fora aquele que vai a ele. Sempre está pronto para libertar as vidas que se encontram na sarjeta do pecado e por elas já pagou um alto preço com a sua graça incomparável. Os transportados para o seu reino são livres para servi-lo porque eles responderam ao seu chamado. São livres para não mais pecar.  “Porque o pecado não terá domínio sobre vós , pois não estás debaixo da lei, mas debaixo da graça”.”Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. As cadeias do filhos da luz são cordas de amor: “Atraí-os com cordas humanas, com cordas de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas; e lhes dei mantimento”.

Deus, ao criar o homem, deu-lhe o livre arbítrio, o poder de escolha. O homem tem o direito de escolher ao qual senhor servir. A provisão já foi dada, o convite foi lançado, o presente foi entregue.  “Tenho te proposto a vida e a morte,a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência”. Dt 30.19. A escolha do homem é o que fará dele um servo subjugado pela crueldade do senhor das trevas ou um servo livre para servir por amor ao Senhor da Glória!  “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais;…  porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. Js 24.15

A Palavra de Deus é permeada por convites e oferta da graça de Deus. Desde os tempos do Velho Testamente, através dos seus profetas, o Senhor Deus adverte aos homens sobre suas escolhas, e se coloca à disposição daqueles que desejam trilhar o caminho da verdade e servi-lo com inteireza de coração e por amor. E a sabedoria está em temer a Deus e em fazer a sua vontade, em servi-lo encontra-se  a verdadeira liberdade. Ele não é um Senhor qualquer, Ele é o criador do universo e tudo o que nele há. Ele é o Grande Rei Soberano que tem o domínio e o poder sobre todas as coisas. Tudo que uma alma deseja e precisa para se sentir plena e satisfeita, somente nele pode encontrar. Ele é o verdadeiro e único sentido da vida. Sem Ele não há liberdade. Por isso, encontramos nEle um Senhor que adota seus servos, fazendo-os filhos e livres.  E Ele continua com os braços abertos, desejando ardentemente fazer de você, um servo livre e livre para ser um servo!

Louvor como arma de guerra!

Foi dito ao rei Josafá que os moabitas e amonitas estavam vindo contra Judá em grande multidão para lhe fazer guerra. Naturalmente, Josafá teve medo e pôs-se a buscar ao Senhor com humildade. Ele recebeu da parte de Deus a estratégia certa para ser vencedor nessa batalha.

Desde que saiu do Egito, Israel sempre viveu em guerra, raros foram os momentos de paz. Davi reinou em Israel por quarenta anos, mas, depois da sua morte, seus filhos que o sucederam se meteram com a idolatria levando Israel ao pecado. Como consequência, as doze tribos de Israel foram divididas em reino do norte e reino do sul. O reino do norte, com dez tribos, continuou com o nome de Israel e o reino do sul, Judá, com duas tribos e meia  ficou com a casa de Davi. Josafá foi o quinto rei depois de Davi e era temente a Deus. Mas, um pouco antes da invasão dos moabitas e amonitas, Josafá foi repreendido pelo profeta Jeú, por ter se aliançado com Acabe, rei de Israel, e ido à guerra  com ele contra Ramote-Gileade, batalha na qual o próprio Acabe foi morto, e Josafá foi salvo por grande livramento do Senhor. Há sempre um grande perigo em  fazer alianças ou andar com aqueles que não temem a Deus, o mal que os persegue pode atingi-lo. Jeú trouxe a Josafá uma Palavra do Senhor: Devias tu ajudar o ímpio e amar aqueles que ao Senhor aborrecem? Por isso, virá sobre ti grande ira da parte do Senhor. 2 Cr 19.2

A investida dos moabitas e amonitas contra Judá foi decorrente da atitude errada de Josafá em se aliançar com Acabe, foi usada por Deus para afligir Josafá. Contudo, Josafá teve uma atitude correta diante de Deus,   em relação ao juízo profetizado que estava por vir contra ele. Ao chegar contra ele a guerra, não murmurou, não se desesperou e não buscou alianças com outros reis, mas se humilhou. Ele convocou todo o Judá para jejuar e clamaram ao Senhor. Josafá diante de todo o povo declarou a Soberania de Deus, trouxe à memória os feitos do Senhor, reconheceu a fraqueza do seu povo diante do exército inimigo e oraram por livramento. O Senhor sempre atende  a um coração quebrantado, que reconhece seus erros e depende totalmente dele.

A estratégia – Deus, através do profeta Jaaziel, deu uma palavra de ânimo para o povo e o seu rei  dizendo que eles não teriam que pelejar, porque o Senhor pelejaria por eles. Josafá creu nessa Palavra e incentivou o povo a crer também, porque, assim, prosperariam e juntamente com o povo adorou.  Josafá, dirigido pelo Espírito Santo de Deus, decidiu que à frente do exército deveriam colocar cantores que louvassem ao Senhor. E a canção era a seguinte: Louvai ao Senhor, porque a sua benignidade é para sempre. Assim foi feito! E, à medida que começaram a louvar, o Senhor pôs emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os das montanhas de Seir, que vieram contra Judá, e foram desbaratados. 2 Cr 20.22

O Louvor é uma potente arma de guerra! O louvor a Deus constitui-se em fazer menção dos seus feitos poderosos, reconhecer a sua soberania e poder e, acima de tudo, trazer diante dEle um coração grato por tudo que Ele tem  dispensado com a sua graça e bondade, independente das circunstâncias. Louvar a Deus em meio a crises é um ato de fé, e Deus se agrada disso. Diante das batalhas da vida, o inimigo quer nos abater, nos enfraquecer e nos fazer mergulhar em uma onda de desânimo.  O louvor genuíno ao Senhor Deus o afugenta, ele pode ver que seu jogo não funciona quando os filhos de Deus escolhem louvá-lo.  Quando o Senhor se levanta como General de Guerra, a vitória é certa! Cumpre-se a Palavra: Mil cairão ao teu lado e dez mil a tua direita, mas tu não serás atingido! Somente com os teus olhos olharás e verás a recompensa dos ímpios  Sl 91.7-8  Em Judá, Deus veio guerrear pelo seu povo enquanto louvavam. E, hoje, isso continua a se repetir. Em meio às batalhas da vida, levantemo-nos com ousadia com cânticos de louvores ao nosso Deus, e a vitória é garantida.

Adoração a Deus

Adoração – Palavra que está na boca de muitos que se consideram Adoradores de Deus, mas poucos sabem ou vivem o seu real significado. Comumente, adoração é  um termo que indica amor intenso, imenso ou apaixonado,  podendo também ser interpretado como respeito, reverência, forte admiração ou devoção em relação a determinada pessoa, lugar ou coisa. Mas, em relação a Deus, Adoração significa muito mais.

Adoração não é apenas cantar canções com letras que exaltam o nome de Deus, dançar ou pular nas ministrações de louvores.  Adoração também não é apenas louvar. Louvar é fazer menção dos feitos de Deus, é reconhecer que Ele é o Deus Criador de todas as coisas.  Adorar a Deus é reconhecer, também, que Ele é o Criador e Soberano sobre todas as coisas, mas a adoração exige uma atitude muito mais profunda diante de Deus, é a linguagem da alma que nasce em um espírito quebrantado e totalmente rendido a Deus.

Não se pode adorar a Deus de qualquer forma. A adoração requer uma atitude espiritual.  Na verdadeira adoração, o corpo e a alma devem  expressar apenas o que vem do espírito, porque não há sentido de se falar em adoração se não for em ação conjunta com um espírito nascido de novo e em plena comunhão com Deus. Isso  é que pode trazer uma adoração aceitável diante de Deus, uma adoração que rompe os céus e chega diante do seu Trono.  “Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade”.

Há alguns requisitos para a verdadeira adoração. A fé é o primeiro ponto necessário a um adorador. “Sem fé é impossível agradar a Deus”. Sem fé, não há relacionamento com Deus, sem fé não há espírito renascido, sem fé não pode haver adoração.  A fé leva uma pessoa a crer que a Palavra de Deus é a verdade e à obediência a essa Palavra. Sem obediência irrestrita a sua Palavra, a nossa adoração não passa de lindas   canções que não chegam ao seu destino.  A verdadeira adoração exige total reverência e um espírito consciente. Não se pode chegar diante de Deus em adoração de forma irreverente  ou sem o entendimento pleno de um adorador. O adorador espera entrar na sala do trono e contemplar a glória do Senhor. E quem pode entrar em sua presença, quem pode desfrutar da íntima presença de Deus, quem pode habitar no seu tabernáculo? O rei Davi, o grande adorador, responde: Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, aquele que honra os que temem ao Senhor. Sl 15. Os limpos de coração, são eles que verão a Deus. Mt 5.8. Pecado e adoração não combinam. Por isso, antes de entrarmos diante do Senhor em adoração, devemos sondar o nosso coração se, porventura, há alguma coisa a ser consertada  que seja confessada e perdoada através do sangue de Jesus.

Toda a  criação é chamada a louvar a Deus, mas os homens são chamados  a algo mais além do louvor, à adoração, assim como os anjos.

Em Apocalipse 4, na visão que João teve do trono de Deus, temos exemplo da verdadeira adoração. Os quatro animais dia e noite não paravam de dizer: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo Poderoso, que era, que é e que  há de vir. Eles davam glórias diante do Trono ao que vive para todo o sempre. Enquanto isso, vinte e quatro anciãos se prostravam e  lançavam suas coroas diante do trono dizendo: Digno és, Senhor, de receber glória e honra, e poder, porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas. Observamos que, em primeiro lugar, a santidade de Deus é proclamada incessantemente. Que Deus é Santo deve ser a consciência primordial de um adorador. Sl 96.9; Sl 29.2 .Se temos essa consciência, não podemos chegar diante dele sem uma vida separada de tudo que é abominável aos seus olhos. Essa consciência deve vir acompanhada também do reconhecimento de que somente Ele é digno! E porque somente Ele é digno, não podemos adorar mais nada além dele. Não podemos adorar um determinado grupo de louvor, um cantor em especial, nem mesmo algumas canções de louvor. Porque a honra, a glória, o louvor e a adoração pertencem a Ele somente.

“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a Ele, para que lhe seja recompensado? Porque dEle, e por Ele, e para Ele são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente, Amém”!