Simplesmente Mulher

A Bíblia diz que Deus criou o homem e depois a mulher. Cada um com suas características próprias e individuais. Deus criou Adão como um ser completo e Eva também. Completos em suas individualidades, Deus os uniu, e a junção dos dois os levou à harmonia e ao prazer da companhia um do outro, com o bônus de gerarem outros seres semelhantes a eles mesmos. Eva é vida,  mulher que dá vida. Mulher que gera, mulher mãe!

Mulher, simplesmente mulher! Mulher  é coração, mulher que acalenta, que ama, que sofre, que ri e chora em um um só momento.  Mulher da qual dizem  que é frágil, mas se agiganta diante das adversidades da vida. Mulher que tem poder de construir a sua casa com sabedoria, levar seus filhos a Deus e  forjar neles um bom  caráter.

Mulher, simplesmente mulher!  Mulher adoradora, mulher que conhece o seu Deus e o seu prazer está nEle.  Mulher que não precisa de subterfúgios para encontrar a alegria porque faz do seu coração  morada do Espírito Santo, a fonte de toda a plenitude. Mulher que pode declarar como Maria: A minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador.

Mulher que respeita e se dá ao respeito, que não é influenciada pelos ditames  do mundo, mas influencia onde está plantada, mulher livre, que salga, que brilha com a  luz de Jesus.  Mulher  consciente da sua identidade, que sabe quem é, de onde veio, o que faz neste mundo e para onde está indo. Mulher que não se intimida diante da afronta do inimigo, mulher guerreira e vencedora. Mulher quebrantada na presença de Deus e submissa a Ele.

Mulher única. Mulher  completa. Mulher, simplesmente mulher!

 

Renovação da mente

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita bondade de Deus. Rm 12.2

 A expressão “renovação da sua mente” é a chave deste versículo. O apóstolo Paulo começa com a negativa “não” de forma bem enfática quanto ao que não se deve fazer: “Não se amoldem ao padrão deste mundo”. O cristão não deve comungar com os padrões do mundo, a sua vida deve ser regida pelos valores do Reino de Deus. Tiago escreveu que a amizade do mundo é inimizade contra Deus e ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus. Tg 4.4. O mundo está sob o domínio de satanás; o ap João em sua primeira carta diz que todo o mundo está no maligno. 1 Jo 5.19. O sistema mundano é responsável por criar homens e mulheres com mentes entenebrecidas em seus entendimentos  que geram pensamentos e atitudes contrários ao propósito de Deus para cada um.

O que se deve fazer para estar no mundo, mas não ser do mundo nem se se deixar  influenciar por ele? Renovar a mente. Buscar uma mente semelhante à de Cristo. Com o novo nascimento, o homem é inserido no Reino de Deus, não deve mais se conformar com os valores deste mundo porque são totalmente avessos ao padrão do Reino de Deus. “O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas paz e alegria no Espírito Santo”. Rm 14.17. Paz e alegria são estados de espírito que as pessoas têm mais falta e correm desesperadamente em sua busca, mas são dádivas que só podem ser encontradas em Jesus. A paz e a alegria habitam   em um espírito nascido de novo e em harmonia com o Espírito Santo. Uma mente renovada busca as coisas do alto, deleita-se em agradar a Deus e fazer a sua vontade. As mazelas que geram dor e traumas foram cravadas na cruz. O amor de Jesus traz libertação e cura à alma através do perdão divino. O homem que recebe perdão dos pecados pessoais, através do sangue de Jesus, é livre para estender o perdão a todos que o ofenderam, isso é libertador e gerador de paz e alegria.  Somente uma mente renovada, pode experimentar o melhor de Deus, pode provar da sua boa , agradável e perfeita vontade.

Buscar a renovação da mente é escolher o caminho da sabedoria.

A inveja matou Abel

Todo homem é um adorador em potencial. Naturalmente, ele tem uma necessidade intrínseca de adorar. O que muda na vida de cada um é o objeto de sua adoração.

Caim e Abel levaram ofertas ao Senhor, sacrifícios de adoração. Abel entregou a Deus o melhor do seu rebanho, e Caim do fruto da terra. Deus se agradou da oferta de Abel – a oferta de Abel era uma oferta de sangue e fé. Deus não aprovou Caim nem se agradou da sua oferta. Deus conhece as verdadeiras motivações do coração, Ele conhecia quais as intenções de Abel e as de Caim. Por não ter sua oferta aprovada, Caim entristeceu-se sobremaneira, seu semblante decaiu e uma raiz de amargura brotou em seu coração. Deus rejeitou a oferta não o ofertante. Ele esperava de Caim uma mudança de atitude. “Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer. saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo” Gn 4.7.

O pecado sempre é uma grande ameaça. Ele nunca desiste, sempre está à espreita, mas cabe cada um resisti-lo e dominá-lo. Caim preferiu ceder. Ele não resistiu o assédio da autocomiseração e deixou o coração entristecer-se com o sucesso do seu irmão. O peso da inveja é insuportável, é adentrar em um abismo intransponível que sempre leva a patamares de maior destruição. Foi assim com Caim, a inveja o levou ao ponto mais trágico, matar seu irmão. Apesar da advertência divina, Caim preferiu abrigar a inveja no coração, alimentá-la e, assim, consumir o pecado.

Abel, o justo, inocentemente foi conduzido por Caim ao campo. O campo que deveria ser palco de comunhão, de companhia, de alegria com o seu irmão, pela maldade, tornou-se um lugar de tristeza e morte, alimentado pela erva daninha. A inveja levou Caim ao ódio, e o ódio ao assassinato. A Bíblia diz que por inveja os judeus entregaram Jesus. Paulo e outros apóstolos sofreram perseguições por causa da inveja.

O apóstolo João diz, em sua primeira carta, que aquele que odeia seu irmão é assassino. Às vezes não se mata literalmente, mas se mata com armas invisíveis, mata-se com o coração. O ódio é falta de amor, o ódio torna as pessoas assassinas.

A maior consequência do pecado é o afastamento de Deus. Não há harmonia entre o pecado e Deus. “Então, Caim afastou-se da presença de Deus…” Gn 4.16 O pior castigo na vida do homem não é o inferno, mas uma vida distante de Deus.

Abel viveu pela fé e adorou a Deus pela fé. Apesar de ter sido assassinado por seu irmão, alcançou bom testemunho e seu nome está entre os pioneiros da fé: “Pela fé, Abel ofereceu a Deus um sacrifício superior ao de Caim. Pela fé, ele foi reconhecido como justo, quando Deus aprovou as suas ofertas. Embora esteja morto, por meio da fé, ainda fala”. Hb 11.4. Devemos sempre atentar para o nosso coração. O certo é alegrar-se com os que se alegram. Se há motivo de alegria, e o nosso coração se entristece, é um alerta, o pecado ou a inveja está começando a brotar e a erva daninha tem que ser arrancada imediatamente.

Como podemos blindar o nosso coração contra a inveja? O amor de Deus é o maior antídoto para todos os males. Um coração cheio de amor só é possível em parceria com o Espírito Santo. Buscar a comunhão com o Espírito Santo de forma contínua e sincera é o maior desafio para aqueles que desejam uma vida de total submissão à vontade de Deus.

Mulher e Mãe

Somente uma mulher pode ser mãe ou chamada de mãe. Há muita profundidade neste pequeno nome de três letras e um grande privilégio em ser mulher e mãe, mas toda essa dádiva vem acompanhada de uma grande responsabilidade e missão. Todas as mulheres normais têm a capacidade de gerar filhos, todas podem ser mães, mas nem todas as mães são “mães”. Sim, porque o simples fato de gerar e trazer um filho ao mundo não habilita a mulher a ser “verdadeiramente uma mãe”, a não ser que ela decida cumprir esse papel. Além de gerar e dar a luz a um filho, precisa-se da vontade e do compromisso com Deus de exercer a maternidade, não por um tempo, mas enquanto viver. Um filho adulto e casado nunca deixará de ser filho e deve ser acompanhado continuamente pelas orações da mãe. Deste modo, ser mãe é de fato uma grande e singular missão.

Em primeiro lugar, o filho não pertence à mãe, mas a Deus que o deu. Se o filho é de Deus, deve ser amado, cuidado, ensinado e, sobretudo, conduzido a Deus. Amado porque todo ser humano precisa ser amado, muito mais um filho. Jesus reduziu a lei ou os mandamentos a dois. O primeiro, amar a Deus sobre todas as coisas e, o segundo, o próximo como a si mesmo. E o amor dispensado ao filho não deve ser apenas após o nascimento, mas desde o ventre, descartando assim toda aprovação à possibilidade de aborto. O amor não deve deixar o filho entregue totalmente a sua própria vontade, amar envolve limites. Dar tudo ao filho e deixá-lo fazer o que deseja indiscriminadamente não é prova de amor, mas falta de sabedoria. A criança precisa ser corrigida e saber porque está sendo corrigida. Assim, ela se sentirá amada e segura. Se uma mãe não consegue amar o seu filho, ela não está cumprindo o mandamento divino.

Um filho deve ser cuidado, e isso envolve alimentação, higiene, proteção, provisão, dentre outros. Este ponto é consequência do primeiro. Se uma mãe ama o seu filho dispensará naturalmente todo o cuidado requerido.

O ensino é de suma importância na vida de uma criança. A mãe tem obrigação de ensinar seu filho boas maneiras e desenvolver nele um caráter exemplar. Ensinar o filho, enquanto pequeno, a salvará de tristezas e dores futuras. “Ensina a criança no caminho em que deve andar e ainda quando for velho não se desviará dele”. O maior ensino é o da Palavra de Deus. Muitos pais introduzem o filho na religião, não no conhecimento de Deus. É bom lembrar que religião sem um encontro genuíno com Deus é uma tábua frágil, e o que se apoia nela está suscetível a naufragar a qualquer momento. Se uma criança é educada na Palavra de Deus, ela crescerá conhecendo e amando a Deus, além de ser forjada em seu caráter, esse é o propósito supremo. A Palavra de Deus não é apenas para ser ensinada pelos pais, mas vivida. O filho aprende muito mais com o exemplo do que com palavras sem vida.

Conduzir a criança a Deus é educá-la nos princípios da Palavra de Deus. A maioria das mães e pais preocupa-se apenas com o sucesso profissional dos filhos. Isso é importante, mas não o suficiente. Existem muitos filhos “bem-sucedidos” na vida, mas fracassados emocional e espiritualmente. Prosperidade ou sucesso, isolados, não traz felicidade ou satisfação. A verdadeira felicidade é gerada no interior, não em fatores externos. A ordem dos valores, segundo Deus, é Ele em primeiro lugar, depois, todas as outras coisas. “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas as outras coisas vos serão acrescentadas”.

Joquebede, mãe de Moisés, é um grande exemplo bíblico de uma mãe que cumpriu muito bem a sua missão. Sob ameaça do rei do Egito, escondeu seu filho por um tempo e, não tendo mais como escondê-lo, lançou-o sobre às águas em um cesto betumado confiando no livramento de Deus; ela cria que Deus poderia salvá-lo das águas. Teve seu filho de volta, mas não mais oficialmente como seu filho, mas como filho da filha de faraó, ainda assim, não perdeu tempo, levou-o a Deus, ensinando-o sobre o Deus de Israel. Ela sabia que a semente que a ela cabia plantar, um dia germinaria e daria seus frutos no tempo certo. Moisés foi tão bem ensinado por sua mãe que, apesar de ser transportado para um mundo de ostentação e costumes pagãos, permaneceu fiel ao Deus que conheceu em sua infância e a própria Bíblia dá testemunho dele como aquele que “Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado…” Moisés escolheu sabiamente a melhor parte, e Deus o tornou o maior profeta de todos os tempos. Que preciosidade e exemplo de mulher-mãe, a mãe de Moisés!

Pv 22.6; Mt 22.34-39; Mt 6.33; Hb 11.24-25

Jesus e a goiabeira

Nos últimos dias, está em alta no cenário brasileiro uma grande polêmica sobre o testemunho de uma mulher cristã que comentou corajosamente sobre seu encontro com Deus, em um pé de goiaba,  ainda criança que, devido a intoleráveis abusos sexuais dentro de sua própria casa, tentou o suicídio e milagrosamente foi salva das garras daquele que veio apenas para roubar, matar e destruir.  O diabo não escolhe suas vítimas, ele quer todos, qualquer um pode ser alvo de suas investidas, rico ou pobre, religioso ou não religioso, branco ou preto, crianças ou adultos e de qualquer povo, nação, tribo ou língua. Diante desse fato, o que mais intriga é que tem prevalecido as  chacotas, o desdém, o desrespeito e a falta de temor com a pessoa de Jesus, e é necessário que reflitamos sobre  esse comportamento tão distorcido e deplorável de um bom grupo  da sociedade brasileira. 

Talvez, se vivêssemos em uma nação como muitas que desconhecem a pessoa de Jesus, pudéssemos explicar essa falta de vergonha que blasfema contra Deus e desrespeita o próximo.  Mas vivemos em uma nação noventa por cento denominada cristã, evangélica e católica, e é inadmissível e intolerável esse comportamento. É bem provável que alguém diga que é liberdade de expressão e humor. Não, o humor sadio não afronta Deus, nem o próximo, não o expõe, não zomba dos seus traumas. Ninguém, em sã consciência,  quer  ser humilhado, zombado, desprezado. Deus não compactua com essa atitude, e isso não pode partir de corações que conheçam a Deus verdadeiramente. A lei de Deus prevalece em todo o mundo e o juízo dEle é com equidade, Ele não tem dois pesos ou duas medidas. E o juízo de Deus será sem misericórdia para todos que agiram sem misericórdia. Ele também não inocenta quem toma o seu Nome em vão. Não adiantam justificativas politicamente corretas. Se  alguém não pertence a minha ideologia política, tenho o direito de afrontar a sua moral, de pisoteá-la? Não, não tenho. A lei universal de Deus resume-se em dois princípios, amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo. A regra é simples: Se você não ama a Deus está perdido e não ama nem a si mesmo, como poderá amar o próximo? Mas se você diz que ama a Deus, o teste é como você se comporta com o próximo. Se você não o poupa do mal ou não se sensibiliza com o seu sofrimento, não há congruência na sua atitude com o que você diz, você não conhece Deus. Mas se você verdadeiramente ama a Deus, você não faz nada contra o próximo porque você é suficientemente sensível para ficar no lugar dele e reprovar qualquer comportamento que não condiz com um filho de Deus.   

Deus entristece-se com comportamentos desvirtuados, que não são harmônicos com o seu caráter. Ele é um Deus amoroso e sempre espera que os suas criaturas ou filhos arrependam-se dos seus pecados e voltem a desfrutar da sua amizade e comunhão. Ele fez o homem para isso. Deus habita nos seus filhos através do Espírito Santo e deseja que cada um seja templo dEle. Por isso, Jesus morreu para restabelecer a comunhão de Deus com o homem, perdida no Éden. Ele se empenha em resgatar uma criatura onde quer que esteja, até em  uma goiabeira. 

 Se você diz que conhece Deus, e fez chacota com a Ministra da Família e dos Direitos humanos, você não o conhece e é um miserável porque perdeu da essência de Deus, se a teve em algum momento, está fazendo o jogo do príncipe das trevas.Você desconhece que Deus é criativo e que cria situações, as mais inusitadas possíveis, para alcançar a alma ferida do ser humano. Você desconhece que Ele é um ser pessoal, capaz de se compadecer do moribundo que precisa de socorro. Você desconhece que Ele é onisciente, onipresente e onipotente e vai a qualquer lugar, nos ares, na terra e nas profundezas do mar para salvar uma pessoa que clama por Ele. Você desconhece que Ele é Soberano e não se limita a padrões criados por você, Ele fala, age e faz como quer em qualquer lugar, até tirar uma menina sem esperança de uma goiabeira. Ele é Deus, Ele é o grande Eu Sou, Ele faz como quer, que os homens sem fé, servos das trevas,   gostem ou não.

   

O temor do Senhor

Muitos traduzem temor como medo, pavor ou susto por alguma coisa. Temer a Deus não tem nada a ver com esse significado, mas em ter uma atitude de profundo respeito, devoção e reverência; temer a Deus é ter prazer em agradá-lo e não fazer nada de forma deliberada para magoá-lo.

Hoje, para termos uma percepção do mundo não precisamos fazer  viagens ou frequentar determinados lugares, basta apenas estar diante da tela de um computador ou com um Smartphone nas mãos. Podemos pesquisar o que queremos através dos sites de busca, e as redes sociais se responsabilizam em  pintar um quadro generalizado do comportamento moral dos seus usuários,  que representam por amostragem  o sistema deste mundo no qual estão inseridos. O perfil traçado denuncia o quão  degradante e perversa é a geração atual. Onde está o temor ao Senhor Deus Soberano na vida de homens e mulheres? Não é religião, mas o temor  a Deus  que faz a diferença na vida de uma pessoa, não um conhecimento distante e superficial, mas  um relacionamento de intimidade com  Deus Pai.

A Bíblia, apesar de ter sido escrita há muitos anos, é um livro atual porque o seu verdadeiro autor transcende ao tempo e às eras. O apóstolo Paulo, com muita propriedade,  retrata bem os dias atuais. “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus”  2 Tm 3.1-4. A blasfêmia  e a calúnia são comportamentos  que mais assustam atualmente,  porque denunciam a total falta de temor a Deus. Deus não tem por inocente aquele que toma o seu nome em vão diretamente ou através das coisas sagradas, e as línguas malditas que não temem em caluniar os profetas de Deus que têm a missão de denunciar o pecado sofrerão o juízo de Deus  que em tempo oportuno certamente virá.

Nestes dias, há uma maldade sem precedentes que têm se proliferado em todas as esferas da sociedade. A igreja do Senhor Jesus também tem falhado em cumprir o seu papel de sal e luz . As pessoas têm misturado os conceitos de bem e mal a ponto de  ao mal chamam bem e ao bem mal e fazem das trevas luz, e da luz trevas. Is 5.20 O temor do Senhor sempre será  o princípio da sabedoria, os sábios temem o seu nome e desviam-se do mal. A insensatez terá sua paga. Podemos escolher o que plantar, mas nunca colheremos frutos diferentes da semente que semeamos.  Se escolhermos o bem, colheremos frutos da bondade do Senhor, se escolhermos o mal a recompensa será uma vida separada de Deus por toda a eternidade. No mundo dos mortais, Deus tem mostrado a sua bondade, Ele envia sol e chuva para todos,alimenta a todos, mas quando o irreverente deixar este mundo, adentrará em um reino com um deus perverso que o odiará e o açoitará para sempre.

O sábio não se conforma com o padrão deste mundo. O sábio busca o temor do Senhor!

Os sonhos de Deus

Nem todos os sonhos são bons. Existem sonhos bons e sonhos maus, sonhos que levam à vida e sonhos que levam à morte. Os sonhos de Deus sempre são bons. Ele deseja o melhor para os seus filhos e já deu o suprimento para que sonhemos os seus sonhos e sejamos livres de pesadelos ou culpas que atormentam a existência humana.

José do Egito é exemplo de um homem que sonhou os sonhos de Deus e os perseguiu. A trajetória que ele teve de percorrer até que os sonhos de Deus se realizassem em sua vida não foi nada fácil, foi traído,  lançado em uma cova, escravizado e, por fim,  lançado em uma prisão. Apesar de tudo que passou, nunca duvidou dos seus sonhos e foi fiel até ver as promessas de Deus cumpridas em sua vida. Quando ele estava no cárcere, interpretou os sonhos de dois de seus companheiros de prisão, eles tiveram  cada um o seu sonho. Um teve um sonho que o levou à vida, outro à morte. O copeiro-mor e o padeiro-mor de Faraó, um foi restituído ao palácio, o outro foi sentenciado à forca. Eles tiveram sonhos reais, mas,também, nos sonhos que sonhamos acordados podem levar à vida ou à morte.   Muitos sonhos parecem  bons, mas tornam-se maus por causa da motivação errada. Há um grande peso na motivação do coração, principalmente, quando se conhece a Deus. Nem tudo que se confessa com a boca está alinhado com a realidade do coração. É natural  ter sonhos grandiosos, se pensar alto, ter sonhos que vão muito além da realidade atual, mas por qual  propósito  estou sendo movido? O importante não é o que eu quero ou qual ponto desejo alcançar, mas para que eu quero isso ou por que desejo chegar a determinado lugar?

A Bíblia diz que todos os que são guiados pelo Espírito Santo de Deus são filhos de Deus.  Rm 8.14. Se alguém é filho de Deus, ele tem o Espírito Santo e deve ser guiado por esse mesmo Espírito. Ser guiado pelo Espírito de Deus não é apenas ouvir Deus e tomar algumas decisões acertadas, mas ter o coração com a motivação correta que o leva a desejar, sobre tudo, agradar a Deus e fazer a sua vontade. Isso não é uma carga na vida daqueles que amam a Deus, mas algo que  deve fluir natural e prazerosamente, tal um rio que corre em seu leito, seguindo a correnteza das águas, nunca o contrário. Na vida cristã, não há vida material independente de vida espiritual. Somos um ser trino e único, quando vamos ao trabalho – com o nosso corpo – ou a qualquer outro lugar, não deixamos em casa o nosso espírito ou as nossas emoções. O apóstolo Paulo escreveu em sua primeira carta aos Coríntios: Quer comais quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.

Para a glória de Deus deve ser o objetivo dos nossos sonhos. Por que ser bem sucedido em uma determinada área profissional, se não for para glorificar a Deus? Se não for assim, o resultado do sonho, diante de Deus, será como palhas que serão queimadas e não deixarão vestígios. Por que ser um milionário, se for apenas para o bel prazer  e  não se importar em suprir a necessidade da seara de Deus e de seus obreiros  ou ignorar a necessidade do próximo quando bate à porta?   Por que almejar ser um grande ministro da Palavra de Deus, se não for para edificar vidas e sofrer por elas? Se for para ser bem visto e aplaudido pelos homens, não terá recompensa divina e sua obra, por certo, queimar-se -á. Grandes e bons sonhos com a motivação errada, fora dos sonhos de Deus, não produzirão vida, certamente, levarão à morte.

Sonhemos os sonhos de Deus!

 

Salvador e Senhor

Hoje, no meio cristão,  há uma tendência a uma pregação com o foco apenas na graça de Deus, sem necessidade de mudança de vida.  Na salvação não há nenhum mérito humano, somos salvos pela graça, através da fé, mas essa graça não dá permissividade ao pecado ou a uma vida cristã sem compromisso com os valores do reino de Deus. A graça de Deus, segundo o evangelho de Jesus, requer arrependimento de pecados e rompimento com a velha forma de viver, a graça leva o homem a uma transformação de vida, a uma mudança de rumo e de atitudes. Muitos cristãos não têm sido referencial neste mundo, têm se conformado com o sistema mundano. Por que tornar-se cristão?  Só para fugir da condenação do inferno? Não,  o que move o verdadeiro cristão é o amor. Ele é uma servo que tem prazer em servir ao seu Senhor, semelhantemente ao servo de orelha furada.

Jesus disse que aquele que desejasse segui-lo, teria  que renunciar a todas as coisas, até a sua própria vida. Ele pregou o Evangelho da porta estreita e do caminho apertado, da negação do eu. Jesus é o Salvador de todos os que creem no seu nome, mas a salvação só é efetivada quando o homem resolve se submeter ao senhorio de Cristo. Jesus comprou  escravos condenados do reino das trevas, é inadmissível que depois disso, esses homens queiram permanecer sob o senhorio do seu velho senhor, o diabo. Uma vez livre, ninguém quer voltar ao velho jugo, seria total incongruência. Tudo que foge ao propósito de Deus para o homem é pecado e o verdadeiro cristão, aquele que teve um encontro pessoal com Deus, deve saber o que  agrada a Deus ou o aborrece.  Um cristão não pode desejar as bênçãos do reino da luz e não querer se submeter às leis desse reino. Não há como ter  Jesus como Salvador, mas não como Senhor.

A cada dia,  líderes de igrejas cristãs, principalmente do Ocidente, estão tolerando mais o pecado, sob a bandeira do “amor”. Não há mais confronto do pecado. Esquecem que o exercício do verdadeiro  amor leva ao confronto, que o atributo de justiça de Deus é tão forte quanto o seu atributo de amor. A santidade de Deus não pode coabitar com o pecado, não há comunhão entre as trevas e a luz.

Somos livres do pecado e da condenação eterna, mas para sempre escravos daquele que nos amou.  As cadeias que nos prendem ao nosso Senhor são cadeias de amor, de intimidade com Deus. O seu jugo é suave, o seu fardo é leve. Jesus só pode ser seu Salvador se for também o seu Senhor. O livre arbítrio  dá o direito de escolher caminhar com Ele ou não. Mas a recompensa dependerá da escolha que fizermos, não há como ser diferente. Só o caminho do Senhor leva à vida eterna.  Escolhamos à vida, escolhamos viver sob o Senhorio de Cristo.

 

 

 

O que vencer

Vivemos dias nos quais todo o mundo se volta para a maior de todas as competições esportivas, a Copa do Mundo, pelo menos no Brasil considera-se assim. De quatro em quatro anos, todos estão de olho para o novo campeão. Os jogadores treinam com afinco, cada um desejando  ser o melhor e ter o privilégio de ser escalado para o time que buscará o título para a sua nação. Apesar de tanto empenho, só um time chega no pódio como campeão.  Reconhecemos o valor e a importância dessa competição, mas  existe uma corrida muito mais excepcional que qualquer competição esportiva, e poucos atentam para ela.

O apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios, relaciona a vida espiritual a uma corrida , “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível”. O atleta corre por uma coroa corruptível e, para ser vencedor, tem que ter muita disciplina, acompanhada sempre de muita renúncia, se quiser ser o primeiro a levar o prêmio. A vida cristã tem muita similaridade com a vida de um atleta. Jesus não apresentou uma vida fácil para aqueles que desejam segui-lo, a porta é estreita, o caminho apertado. Ele dizia que quem quisesse segui-lo, teria que negar a si mesmo e levar uma vida de renúncia. Mas esse é o caminho que leva à glória. É perder a vida, para reavê-la. Ele mesmo deu o exemplo com a sua própria vida. Para adentrar os portais eternos,  sentar-se a direita do Pai como vencedor e ser aplaudido pelos anjos, enfrentou a cruz e não temeu a morte, sendo fiel até o fim.

O apóstolo João, em sua visão do Apocalipse, recebeu do próprio Jesus instruções para as sete Igrejas da Ásia, e em todas elas com a expressão “o que vencer” ou “ao que vencer”. Não resta dúvidas que a corrida cristã é uma batalha. A salvação nos é concedida de graça, através da fé em Jesus Cristo, porém o simples fato de  sermos transportados de reino das trevas para a luz, compramos uma briga com o velho senhor, mas em Cristo somos mais que vencedores. A nossa vitória está em permanecer em Cristo e isso só é possível quando há submissão ao Senhorio de Cristo e disposição para  obedecer a sua Palavra, quando abrimos mão da nossa própria vontade para fazer a vontade de Deus. A fé verdadeira requer imprescindivelmente  uma vida transformada, uma vida com frutos de justiça.

Apesar do paralelismo  entre as competições comuns e a carreira cristã, suas diferenças são cruciais em dois pontos, uma oferece um prêmio que se corrompe com o tempo, passageiro, a outra um prêmio eterno que nada poderá corrompê-lo. Nas  competições comuns, apenas um chega ao pódio com o prêmio máximo, na corrida cristã, todos que desejam têm a oportunidade de chegar ao final como vencedor. Milhares de milhares serão coroados – o que vencer!

 

 

As marcas de Jesus

“Desde agora, ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas de Jesus”. Gálatas 6.17

O apóstolo Paulo sofreu muitas perseguições e sofrimentos na propagação do evangelho. Na segunda carta aos Coríntios, ele fez um breve relato do que ele sofreu por amor a Deus e ao evangelho,  prisões, açoites, apedrejamento, fuga, naufrágio e outros perigos de morte, e algumas dessas perseguições foram suficientes para marcar com cicatrizes o seu corpo.

Vivemos em um país no qual não há perseguições explícitas ao evangelho, diferentemente, dos países nos quais vive a Igreja perseguida, mais precisamente, na área da janela 10×40 (faixa que se estende do oeste da África , passa pelo Oriente Médio e vai até a Ásia. A partir da linha do Equador, forma um retângulo entre os graus 10 e 40). Nem por isso, o desafio em se viver  uma vida em fidelidade a Deus, até à morte, como foi ministrado à Igreja de Esmirna, deixa de se constituir em um esforço menor nos países ocidentais . Talvez  até seja mais desafiador porque onde há liberdade, a permissividade parece atingir patamares muito maiores, levando a uma vida espiritual com desleixo e sem responsabilidades. Neste sistema no qual vivemos, as escolhas são sempre testadas. Diante do conforto que nos é oferecido, temos a tendência a levar uma vida de comodismo e despreocupação.
Um grande leque de opções  nos é apresentado constantemente e sempre escolhemos o que é mais agradável à carne e aos olhos. É muito mais fácil ficar diante de uma TV ou monitor assistindo filmes, por horas, do que tirar quinze minutos em oração, leitura da Palavra de Deus ou servindo ao próximo.

A vida do apóstolo Paulo é um grande exemplo de fé e amor a Deus.  O segredo do seu sucesso espiritual é a escolha que ele fez, depois de ter um encontro pessoal e literal com Jesus, de  ter uma vida dirigida pelo Espírito. Os cristãos vivem sob a influência de dois domínios, que cabe a cada um escolher,  o domínio da carne e o domínio do Espírito Santo. O reino que escolher para fortalecer em si  será o vencedor.  Andar no Espírito é  se permitir ser guiado pelo Espírito Santo de Deus, é escolher o caminho do amor, é escolher amar a Deus sobre todas as coisas. Sobre o amor, Paulo escreveu o mais belo poema. “O amor não busca seus próprios interesses, o amor é sofredor…” Andar no Espírito é produzir o fruto do amor, o fruto do Espírito: Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade bondade, fé, mansidão, domínio próprio. Andar no espírito é renunciar e se enojar das podridões das obras da carne. É jogar de si toda poeira e sujidade que impedem o cristão de refletir a glória de Deus.

Paulo militou pelo Espírito, nada mais importava para ele a não ser o Reino de Deus e a sua justiça, ainda que isso trouxesse marcas profundas em seu próprio corpo. Mesmo não passando  pelos sofrimentos de Paulo e marcando o próprio corpo físico, corramos para marcar o nosso caráter com os valores inegociáveis do Reino de Deus, marcando-o  com as marcas de Jesus!