O poder de uma decisão

Um dos homens mais admiráveis da Bíblia é Daniel. Não lemos sobre deslizes na sua vida, apesar de ser homem sujeito a falhas, como todos os outros. O que fez  de Daniel um homem tão especial, até o ponto de ser chamado por um anjo de Deus como homem muito amado?

Daniel foi levado cativo à Babilônia com muitos outros jovens. Por ser da família real, foi requisitado pelo rei, juntamente com seus três amigos, para servir no Palácio. Por que Daniel se sobressaiu sobre todos? Daniel estava no Palácio e deveria ser alimentado da mesa do rei, com seus manjares sacrificados aos ídolos, bebidas alcoólicas e com toda a dieta pesada. Daniel viu que tudo aquilo poderia contaminá-lo espiritualmente, além de afetar a sua saúde física. Então, ele tomou  uma decisão ousada e arriscada, propôs no seu coração não se contaminar com os manjares do rei e manter uma vida pura no espírito, na alma e no corpo. A decisão de Daniel foi agradável aos olhos de Deus, e ele encontrou  graça diante do eunuco responsável por sua alimentação e dos amigos. A partir desse ponto, Daniel toma todas as sua decisões baseadas em sua proposta inicial – ser fiel a Deus – até desobedecer à ordem do rei se, porventura, algum decreto real  fosse de encontro aos princípios divinos.

Muitos desejam uma vida de transformação, mas nenhuma mudança comportamental acontece sem uma decisão radical. Certamente, o aroma das iguarias do rei subiam às narinas de Daniel, mas nada o fez desistir da sua meta. Ele não poderia ser contaminado, a sua comunhão com Deus tinha um valor incomparavelmente maior que qualquer outro prêmio.

Existem  decisões que, para serem cumpridas, levam a outras decisões que podem custar a própria cabeça – precisa-se  de coragem e renúncia da própria vida. Jesus disse que quem tivesse sua vida por preciosa, e não a renunciasse por amor a Ele, não poderia ser seu discípulo. As decisões radicais podem levar a fatalidades humanas. Se um soldado não estiver disposto a morrer por uma causa, ele não se posicionará corretamente nas fileiras da batalha, será uma covarde nunca um vencedor.

Sim, Daniel levou muito a sério a sua decisão, sabia do perigo que corria em desobedecer à ordem do rei, mas não retrocedeu quando escolheu agradar a Deus em qualquer cenário que se deslumbrasse em sua frente. Ele conhecia os riscos, mas podia contemplar o invisível de Deus pelos olhos da fé; a coroa incorruptível e eterna não se comparava às recompensas corruptíveis do rei. Se precisasse sacrificar a própria vida, a morte seria apenas uma trasladação para os portais da eternidade. Por que temê-la? Chegou o grande dia! Daniel era a presa dos seus algozes, homens perversos, os quais tinham o lucro como seu deus, incitaram o rei Dario a lançar Daniel na cova dos leões. Daniel não se intimidou com a ameça que poderia custar-lhe a vida. Quando há uma decisão firme ao lado do Rei do Universo, nada mais importa, até ser lançado na cova de leões famintos. E, assim aconteceu, Daniel foi lançado na cova dos leões por não deixar de orar ao seu Deus, como seus inimigos exigiam.  A surpresa para os seus inimigos  é que os leões preferiram ser graciosos com Daniel e não o devoraram. Daniel estava marcado por uma decisão! Não há o que temer, a melhor decisão é se posicionar ao lado daquele que pode fechar a boca dos leões, do Deus que pode todas as coisas!

Nas decisões ao lado da verdade, o medo é rompido, a meta a ser alcançada é maior do que a própria vida e, por fim, tudo concorre para a glória de Deus. Há poder em uma decisão ao lado da Verdade, ao lado de Jesus!

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