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É de graça, não barato

Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Mateus 16:24

Ninguém pode pagar por sua própria salvação. A salvação foi dada de graça a todos que se  arrependem e creem em Jesus para perdão dos seus pecados.  É gratuita não porque ela não custou nada, mas porque os homens eram incapacitados de pagar qualquer preço por ela, porque o seu preço é incalculável, o maior de todos os preços: o sangue de Jesus, o Filho de Deus.

Muitos religiosos, para atraírem seguidores para  suas comunidades, barateam o evangelho. Oferecem um evangelho barato, sem arrependimento e sem compromisso: “Venha como você  está e pode continuar da mesma forma”, “Não precisa mudar, Deus só quer o coração”, “venha para Jesus, ele te ama e pode continuar como você está” e tantas outras falas que  barateam o evangelho. Não, seguir a Jesus requer um alto preço. Um preço que não é pago por méritos pessoais, mas pelo preço do amor, em resposta ao seu amor. Amor que se doa por completo. Amor que se entrega.  Amor que renuncia a própria vida. Amor que toma a cruz. Amor de negação do eu. Amor que diz como o apóstolo Paulo, não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim.

A salvação é fruto de um ato extravagante do amor de Deus. A sua parte Ele já fez, entregando o seu melhor, o seu único Filho em sacrifício vivo por homens medíocres, condenados ao castigo eterno,  que não mereciam absolutamente nada. Jesus disse sim à cruz, por isso,  os homens podem ter seus pecados perdoados e serem justificados.  Para o resgate da alma humana, foi  pago um preço  exorbitante, impagável por qualquer um. Como desprezar uma tão grande salvação? Como ser livre do pecado e continuar amando o pecado? Receber uma nova identidade de filho de Deus, mas não romper com o velho dono?  Ter as vestes limpas, mas sujando-as todos os dias?

A salvação é de graça, mas todos os dias precisa-se de um posicionamento diante de Deus, ao lado da sua Palavra, tomar a própria cruz, dizer não às mentiras de satanás, não à ilusão do pecado. Propor no coração não se contaminar  com os manjares do reino das trevas. A salvação é imediata, mas a santificação é um processo que requer que escolhas sejam feitas todos os dias.  Deus promete nunca abandonar aqueles que vão a Ele, mas é papel de cada um permanecer em Cristo e no seu amor.

A fonte da alegria

Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos. Fp 4.4

Alegria é um sentimento de satisfação com a vida, de contentamento, de prazer, de regozijo.  Paulo escreveu aos Filipenses  que eles se alegrassem sempre.  Mas essa alegria só é possível quando se está em Cristo. No Senhor, essa alegria é perene e duradoura.

O homens vivem em constante busca de alegria. Nestes dias de carnaval, há uma corrida para a alegria, mas dura tão pouco e a um preço muito alto. As folias e o samba nunca são suficientes e a procura por maiores prazeres  é uma realidade, como sexo, drogas e muito álcool que levam a resultados bem desagradáveis. Generalizando, não há carnaval sem mortes de trânsito, sem drogas, sem famílias destruídas, sem gravidezes  indesejadas e sem abortos. Então, a alegria do carnaval é uma farsa, é insustentável.

Não há alegria plena sem o conhecimento de Deus e sem intimidade com Ele. O homem foi criado para ter relacionamento com Deus e somente nEle há contentamento e plenitude de alegria. Jesus, levantou-se no último dia da festa dos judeus e disse em alta voz: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz as Escrituras, rios de águas vivas correrão do seu interior”. João 7:38.  Essa água é a presença do Espírito Santo. Quando o homem crê em Jesus e se arrepende dos seus pecados, O Espírito Santo vem fazer morada em seu coração e a alegria do perdão dos pecados e da salvação inunda a sua vida.  A sua sede é saciada. “E vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação”. Isaías 12:3.  A alegria do Senhor é verdadeira,  é uma alegria que salta para a vida eterna. Não depende de circunstâncias porque ela não vem de fora para dentro, mas já está dentro, no espírito do homem,  e fortalece a alma. “…porque a alegria do Senhor é a vossa força”. Neemias 8:10

A alegria está perto e ao alcance de todos porque Deus está perto. O seu  desejo é ter uma relacionamento com cada homem que Ele criou, perdoar seus pecados, por meio do sacrifício de Jesus na cruz,   enchê-lo do seu amor paternal e da alegria do seu Santo Espírito. Não há necessidade do homem viver mergulhado em uma tristeza sem fim ou em busca de alegria em lugares errados, já que  Jesus, a fonte da alegria,  convida a cada um a beber dessa fonte.

O justo já é justo!

Certa vez, os fariseus interrogaram  Jesus porque ele comia com os publicanos e pecadores. Jesus respondeu: Os sãos não precisam de médicos, mas sim os doentes. Não vim chamar justos ao arrependimento, mas pecadores.

Para analisarmos essa declaração de Jesus, precisamos entender que há duas categorias de pecadores,  aqueles que se acham justos aos seus próprios olhos, por mérito próprio, e não precisam de Jesus porque pensam  que nunca pecaram. Esses nunca experimentarão da graça de Deus, porque não têm nada que se arrepender.  Este grupo são os que não precisam de médico, eles se acham sãos.                                                                                    Existem os que reconhecem que são pecadores e precisam da graça de Deus para serem justificados. Que por si só, não têm condições de se tornarem justos diante de Deus. Jesus veio para este segundo grupo, que são os doentes que precisam de médico. Jesus estava ali para resgatá-los. Como alcançá-los se não se misturasse com eles, não para ser influenciado, mas para influenciar? Jesus não estava com os pecadores para aderir ou aprovar as suas práticas reprováveis, mas para levá-los à prática da verdade e da justiça.

Não há nada que o homem por si só possa fazer para comprar a sua justificação diante de Deus. Se isso fosse possível, Deus não entregaria o seu único Filho para sofrer tão horrendo sacrifício em prol do resgate de nossas almas.

O segundo grupo de pecadores, agora chamados justos, pela  justiifcação de Jesus, e por entenderem  que Jesus sacrificou sua vida em seu lugar, devem viver em total dependência da sua graça e gratidão por terem seus pecados perdoados. O pecado não terá domínio sobre sua vidas porque suas mentes foram renovadas pelo entendimento da Palavra de Deus. Devem ser imitadores de Cristo, propagadores da sua salvação pela graça, não retornarem  ao jugo da desobediência nem se prenderem em quatro paredes, mas devem ir lá fora, onde os pecadores estão. Não para copiar suas práticas pecaminosas, mas atraí-los em amor, pela compaixão de Jesus. Vigiando sempre para não serem influenciados, mas para influenciar porque só há cura para o coração doente no médico dos médicos, Jesus, aquele que veio há dois mil anos com a resposta certa para cada coração doente e distante de Deus.

Sim, os que se acham justos aos seus próprios olhos já são justos, os sãos não precisam de médico, não precisam de Jesus, continuarão sob condenação eterna. “Porque o salário do pecado é a morte, e todos pecaram e ficaram destituídos da glória de Deus”. Mas Jesus morreu para nos tornar justos diante de Deus.

O amor de Deus e o relacionamento com Ele

Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço. Rm5.8;  João 15:10

Deus ama a todos os homens, de todas as raças, povos e nações. Isso é indiscutível. E o amor de Deus é incondicional. Ele proveu o necessário para que tivéssemos um relacionamento com Ele. O maior de todos os pecadores é alvo do amor de Deus, e, enquanto viver, pode buscar o livre acesso a Ele, através de Jesus.

Apesar de Deus ter provado o seu amor por todos os homens,  nem todos os homens são salvos. Há um fator de peso que mantém o homem distante de Deus: o pecado. E o que é pecado? Tudo que é reprovável diante dos seus olhos e conduz o homem por veredas que o afastam dEle. A Palavra de Deus foi dada ao homem para que ele saiba como deve se conduzir, de forma  agradável a Deus e com a possibilidade de  um relacionamento com Ele. O pecado não pode prevalecer diante Deus. Não há harmonia entre o pecado e Deus. Pecado é coisa tão reprovável aos seus olhos que Ele precisou matar o seu próprio Filho para solucionar esse problema que impedia que os homens pudessem ter com Ele um relacionamento paternal e de comunhão. Assim, como poderia hoje Deus  ter relacionamento com pessoas que insistem em permanecer no pecado e ignoram a sua graça e oferta sacrificial de amor? Como ter relacionamento com Deus, se não há lugar para arrependimento e se insiste em uma vida que ignora totalmente os seus princípios,  preferindo o prazer do pecado do que viver na alegria da sua presença? Todo relacionamento tem um preço a ser pago. O relacionamento com Deus não é diferente. O preço é a renúncia do nosso próprio eu, não vivemos mais a nossa vida, mas a vida de Cristo. “Não vivo eu, mas Cristo vive em mim”. Ap Paulo.

Os que amam o pecado,  sustentam-se na falácia de  que o que apenas importa  é o amor de Deus. Como se a sua justiça fosse desprezível. Esses esquecem que o que sustenta o amor é a justiça. O seu atributo de justiça é tão forte quanto o seu atributo de amor, e isso  nos leva à plena confiança nEle. A justiça de Deus exigiu a morte do seu próprio Filho  para que pudéssemos ser justificados. A rejeição desta verdade nos mantém  em condenação eterna, apesar do seu amor.

O amor de Deus é incondicional, Jesus morreu por todos,  e a sua vontade é que todos se arrependam e sejam salvos. Mas o relacionamento com Ele é condicional. O pecado não pode se interpor no relacionamento com o Pai celeste. Para isso, precisa-se da consciência de pecado, crer no sacrifício de Jesus na cruz, arrependimento e conversão, que é mudança de atitude e opção por um novo caminhar em veredas novas que leva o homem a um relacionamento com Deus e comunhão com o Espírito Santo. Lembremos que o amor de Deus não poupou os homens da época de Noé, destruídos pelas águas do dilúvio, Sodoma e Gomorra que tiveram seus habitantes exterminados com fogo e enxofre e outros povos que não foram poupados porque suas iniquidades afrontavam o Deus Criador. Deus amava suas criaturas, mas seus pecados clamavam por justiça.

Nunca devemos  esquecer que o relacionamento com Deus é condicional. Se é  significativo andar com Ele, escolhamos sempre manter uma vida longe do pecado e permanente em Cristo.

Adão, onde estás?

Adão, depois da queda e vendo que estava nu, escondeu-se da presença de Deus. Deus sempre vinha conversar com o casal.  Nesse dia, Adão estava escondido e não veio recepcionar nem se deleitar na presença do seu Criador. Deus o chama: Adão, onde estás? O Deus Onisciente e Onipresente desconhecia onde a sua criatura encontrava-se? Ele brinca de esconde-esconde?

Deus sabia onde Adão estava, Ele sabe todas as coisas. Ele tinha  ciência do estrago que a desobediência fez na vida do casal, mas o próprio Adão desconhecia os efeitos do pecado, não tinha ainda noção da maldição que ele tinha comprado com a sugestão da serpente. O seu orgulho e desejo de ser como Deus, fê-lo um ser desprezível e perdedor das riquezas eternas preparadas para ele.

“Adão, onde estás”? Com esta pergunta, Deus queria que Adão soubesse onde ele mesmo estava e pensasse em sua deplorável situação. Adão deveria refletir sobre a grande e irreversível besteira que ele fez. Adão, vendo que estava nu, desconhecia agora a sua verdadeira identidade. Ele foi criado para ter um relacionamento com Deus, antes, ele se sentia à vontade diante dEle, mas agora queria distância, não havia mais compatibilidade entre ele e Deus. Adão respondeu: Senhor, vi que estava nu e me escondi. Depois de confrontar Adão, Deus, com um ato de bondade e graça, o expulsou do jardim. Seria ainda mais desastroso, se ele comesse da árvore da vida e adquirisse a vida eterna em um corpo sujeito à corrupção. O pecado faz isso, afasta o homem de Deus. Foi o próprio homem que se afastou de Deus.  O pecado não resiste a presença de Deus. O homem em desobediência ou foge de Deus ou  é ofuscado pela sua glória. Quem suportaria a olho nu fitar o sol?

Essa é a situação de todos os homens. Ninguém consegue se manter  na presença de Deus com a culpa do pecado. E Deus continua ainda hoje perguntando a cada um “onde estás?”. “Quem é você”? “Qual a sua verdadeira identidade”? Infelizmente, muitos respondem: Sou médico, sou empresário bem sucedido, sou pastor, sou missionário, sou político e tantas outras respostas, mas desconhecem a sua verdadeira essência. Títulos não fazem diferença diante de Deus. Ninguém é conhecido de Deus por sua formação ou ocupação, mas pelo relacionamento com Ele.  O homem não foi criado para estar distante de Deus. Não adianta fugir dEle, mais cedo ou mais tarde, Ele encontrará cada um. Deus, com a sua graça, preparou um caminho de volta pra Ele, Jesus. Podemos retornar à presença de Deus através de uma arrependimento genuíno, o arrependimento que traz mudanças, através das escolhas certas, não escolher desobedecer a Deus é sinal de arrependimento e desejo de manter uma comunhão com Ele. Se entendermos que o pecado não está no corpo, mas na mente, o pecado não é  um fator determinante, mas uma escolha. Podemos viver uma vida plena de comunhão com Deus  escolhendo sempre agradar-lhe em amor e  com renúncia do engano. Não por medo do inferno, mas pela certeza que viver distante de Deus é insuportável. O pecado é uma farsa, pode ter cheiro de liberdade e prazer, mas são cadeias aterrorizantes. Não há liberdade nem satisfação fora de Deus.  Ele mesmo é gracioso conosco quando escolhemos o caminho da obediência e, assim, nos fortalece contra o assédio do mal.

Hoje, Deus continua perguntando: Quem é você? Onde você está e para onde está indo?

Deus é Autossuficiente

“No princípio criou Deus…” Gn 1.1

Não havia nenhum “antes” do princípio. Deus não foi criado por ninguém. Se houvesse um alguém que determinasse a existência de Deus, esse “alguém” que seria Deus.  Deus é Deus, Ele é Eterno, não tem princípio nem fim. Deus é o que Ele é. Ele não depende de qualquer coisa para existir, Ele é autoexistente.

Deus é suficiente em si mesmo. Ele não necessita do favor dos anjos, serafins e querubins, muito menos do homem. Ninguém pode reduzi-lo a um espaço porque Ele não tem limites. Nenhuma mente humana é capaz de imaginá-lo porque Ele é infinitamente mais do que a imaginação pode atribuí-lo. Ninguém pode representá-lo com imagens, isso seria uma grande tolice. Os limites do  universo são desconhecidos pelos maiores cientistas e estudiosos de todas as eras, e como conhecer o seu Criador?

Por tudo que Deus É, por todos os seus inumeráveis atributos, somente Ele pode entender as necessidades do homem e somente nEle é que o ser criado  pode encontrar tudo o que precisa e toda a satisfação que sua  alma anseia, a plenitude da alegria. Deus é a fonte de todo o bem. Mas o homem cria seus próprios deuses, tornando-se deus de seus deuses. São deuses que não têm vida em si mesmos e precisam do “seu deus”, do homem, seu criador.  O homem, obstinado e  obscurecido pelo desconhecimento de Deus, busca satisfação para a sua pobre alma em seus deuses ilusórios e vive  em uma frustrante busca de prazer e constante insatisfação.

Apesar da grandeza de Deus, Ele é um Deus de amor. A prova do seu amor é Jesus, que é a expressão exata do seu ser. Através de Jesus, o homem pode ter livre acesso ao Pai e ter com Ele um relacionamento  paternal de intimidade e comunhão. Jesus, no princípio, estava presente na obra da criação, ele estava com Deus, ele é Deus. Jesus  pode restaurar a alma do homem e fazê-la abundar de alegria, sem necessidade de usar de subterfúrgios para encontrá-la. O homem que tem um relacionamento verdadeiro com Deus e a sua Palavra, não precisa buscar prazer nos vícios, no sexo, nos bens, no poder ou nas pessoas.  Jesus é suficiente para satisfazer o homem em suas buscas  com tudo que ele realmente precisa. Jesus não é uma religião ou um dogma, mas uma pessoa, é relacionamento, é o caminho, é a verdade absoluta, é a vida.  Ele é o único Deus, é tudo que o homem precisa!

Por que ser grato a Deus?

Em tudo dai graça, pois esta é a vontade de Deus para vocês. 1 Ts 5.18

Sejamos práticos, antes de pedirmos a bênção de de Deus para 2020, façamos uma lista das pequenas e grandes coisas  que recebemos em 2019. E não peçamos nada para 2020,  antes de agradecermos por cada uma delas. E as desagradáveis? Motivo também de  graças a Deus, não por elas, mas, apesar delas, porque  o Deus que confiamos é imutável e sempre digno de toda gratidão, poder, honra e glória, independente de circunstâncias. Todos nós somos feituras de Deus, e somente nEle encontramos razão e sentido para a vida. Quando estamos em Cristo, os problemas são explicados e solucionados. O que é impossível ao homem, diante de Deus há resposta para todas as demandas.

A nossa caminhada é pontilhada pelo favor de Deus. Todos os dias, temos  inúmeros  motivos de gratidão. A gratidão revela confiança em Deus e  traz à memória todo o bem recebido. Alguns, até agradecem a Deus quando as coisas estão indo bem, mas, em meio à tempestade esquecem de todo o bem recebido e soltam uma onda de reclamações. A murmuração não muda as circunstâncias, mas, com ela,  são agravadas.

Outros, mesmo diante das bênçãos recebidas, não reconhecem que elas provieram de Deus e não se lembram de render-Lhe graças;  é o caso dos dez leprosos que foram curados por Jesus  enquanto iam se mostrar ao sacerdote. Apenas um voltou para dar graças a Deus. Jesus estranhou o fato de apenas um retornar com o coração agradecido, em uma proporção muito aquém do que deveria ser.  A lepra era uma doença muito maldita, os leprosos eram considerados imundos e, por isso, afastados do convívio da família e da comunidade. Ser curado da lepra era o que o doente mais almejava, era  o resgate da  própria vida, era um salto da  morte para vida, da humilhação para a glória. Como alguém poderia receber tão grande favor e ignorar o doador? Será que a cura para os nove não foi significativa?

A história dos dez leprosos  leva-nos a refletir sobre nós mesmos. Lembremos o quanto temos recebido de Deus no decorrer da nossa caminhada, em especial, neste ano de 2019.  Sondemos o nosso coração e vejamos se temos sido honestos com Deus, reconhecendo cada favor que Ele nos tem dispensado e reconhecendo cada pessoa que Ele tem usado para nos abençoar. Todos temos recebido, grandes coisas ou pequenas. Aprendamos a ser gratos também nas  pequenas coisas, para que Deus possa nos confiar coisas maiores.

Por que dar graças? Porque revela as verdadeiras intenções do coração.  Dar graças a Deus indica que reconhecemos que toda boa dádiva provém dEle e por Ele tudo foi feito e  deve voltar para Ele. Porque Ele É.  Que sem Ele não podemos fazer nada e dependemos dEle em tudo.  A vida perde o sentido quando não aprendemos a glorificar a Deus, porque sem gratidão tudo se perde em sua efemeridade, mas o que é feito em Deus e para Ele ganha um sentido eterno. Dar graças a Deus em tudo é trilhar o caminho da sabedoria. Que 2020 seja um ano de muita gratidão a Deus e que lembremos em todo o momento dos seus benefícios.

Que Rei é esse!

“…eis que uns magos vieram do Oriente à Jerusalém e perguntaram: Onde está aquele que é nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela e viemos a adorá-lo”. Mt 2.2

Que é Rei é esse! Que nasce em um estábulo, que seu primeiro berço é uma manjedoura.  Um Rei que nasceu com o propósito de morrer por todos os homens. Um Rei que foi perseguido e não pode ficar em sua própria terra e teve que fugir para o Egito. Que Rei é esse! Que causou tanta inquietação em Herodes,  que determinou que  as crianças da Judeia, até dois anos de idade, fossem mortas. Que Rei é esse! Um Rei que em seu nascimento aparece um coral de anjos cantando para o seu louvor! Que uma estrela aparece no céu e guia alguns homens a irem até ele para adorá-lo e levá-lo presentes.

Deus sempre  trabalha de forma inusitada e nem sempre é compreensível às razões humanas. Deus enviou o seu Filho Jesus ao mundo,  o Rei dos judeus, que, pela lógica humana,  deveria nascer em um palácio, mas nasceu em um estábulo, por isso, os que o esperavam e estavam perto  não o perceberam.  Assim, Deus ensina que o que vale é a essência das coisas, não a aparência.  Deus fez questão de avisar a pessoas  bem distantes e alheias à comunidade de Israel  sobre o  nascimento de Jesus, através de uma estrela. Os magos eram gentios, não possuíam nenhum conhecimento teológico, mas, certamente, tinham o desejo de conhecer a verdade. Outros, aqueles que estavam perto,  tinham a Lei e os profetas, eram conhecedores das profecias que apontavam para a vinda do Messias, mas  não atentaram para o tempo da visitação de Deus.  Isso nos mostra que conhecimento sem o desejo de ter um coração agradável a Deus não é suficiente. Que Rei é esse! Não era um rei qualquer. Apesar de nascer de forma incomum e sem pompa, Ele era aquele que já existia desde a fundação de mundo, era a própria revelação de Deus, esse Rei era Deus. Tantos buscam títulos, fama, posição e poder, mas Ele, o maior de todos e sobre todos, não há mais ninguém sobre Ele. Ele mesmo É!  Por Ele e para Ele são todas as coisas.

Que Rei é esse! Esse é Jesus, o Cordeiro de Deus, o presente de Deus, o sacrifício vivo, fruto do amor de Deus. O amor que amou o mundo, a todos, sem exceção, para que tivessem vida eterna e pudessem desfrutar de um relacionamento com Deus, relacionamento que foi quebrado no Éden pela dureza do coração do homem. Jesus nasceu para trazer a paz entre Deus e os homens. Jesus é a maior prova do amor de Deus. Jesus morreu por todos, mas nem todos são salvos. O amor de Deus é incondicional, mas o relacionamento é condicional. O relacionamento com Deus exige algumas condições, segundo o padrão do próprio Deus. Deus continua hoje amando o homem, através do seu Filho,  e buscando com ele um relacionamento paternal de amor e confiança. Jesus nasceu para reconciliar o homem com Deus através da sua morte na cruz. Precisamos, não apenas saber sobre esta verdade, mas absorvê-la  em nosso viver para que tenhamos uma vida abundante de alegria e completa, proporcionada por um relacionamento com Deus.

 

Cura para o coração

 E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam. E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador de roturas e restaurador de veredas para morar. Isaías 58.11-12

As promessas do Senhor para aqueles que confiam nele sempre são grandiosas. Esta é uma Palavra de Deus, através do profeta Isaías, preciosa para a alma humana. Felizes os que se deixam guiar pelo Senhor Deus, através do seu Santo Espírito. Com a queda  do homem, a corrupção o atingiu afetando seu corpo, alma e espírito. O homem, naturalmente, é um ser adoecido por toda sorte de mazelas, seja individual ou social, e o poder curador só existe em Deus, através de Jesus que veio para resgatar o homem dos seus pecados e fazê-lo nova criatura.

Toda a humanidade está corrompida, e os filhos dos homens  carregam uma série de desajustes emocionais decorrentes da sua herança adâmica, somando-se aos traumas sofridos no útero materno, após o nascimento e na vida infantil. Dependendo da forma como as crianças foram tratadas, a educação,  o afeto  e o cuidado  que receberam ou deixaram de receber, transformam-nos em adultos adoecidos emocionalmente, com maiores ou menores traumas. Todos os corações precisam de cura. Hoje, muitos adultos estão sem rumo na vida, sem esperança, sem confiança neles mesmos e nos outros, sem um propósito e até sem forças para continuarem a viver naturalmente. Suas vivências podem levá-los à  depressão e perderem o sentido da vida. Em termos globais, estima-se que o suicídio já é uma causa de morte até maior que os assassinatos, mas, na maioria das vezes, é mascarado por outras causas, sem se poder ter uma estimativa mais próxima da realidade. Todo ser humano tem necessidade de ser amado e, em primeiro lugar, deveria receber amor dos seus pais, como a primeira figura de autoridade sobre as suas vidas, mas eles falham, como todas as outras. Não existem pais perfeitos nem qualquer outra liderança perfeita. O homem busca amor em diferentes fontes para supri-lo dessa carência, mas nada pode preenchê-lo, a não ser o amor de Deus. Não há alegria e satisfação fora de Deus e da sua vontade.

Mesmo diante do caos que mergulhou o ser humano, a Palavra de Deus garante que Deus pode fartar a alma em lugares áridos. A promessa de Deus está disponível para todos, basta crer e se apropriar dela.  Ele tem poder para  restaurar a alegria e  trazer vida no caos, uma vida que faz os ossos fortes. O rei Salomão escreveu  que um coração alegre aformoseia  o rosto, e um espírito triste faz secar os ossos.  A alma que recorre ao Senhor, pode ter o seu deserto transformado em um jardim bem cuidado e uma fonte de água inesgotável, e a promessa de Deus estende-se para os filhos e filhos dos filhos, eles edificarão os que procederem deles, porque esperam  em Deus e são continuamente guiados por ele.

O amor de Deus é a cura, é o único remédio que cura as dores do coração!

Jesus, o professor excelente

Jesus é sem dúvidas o maior mestre de todos os tempos. Ele não fez diferença apenas por seus métodos de ensino, mas também pela originalidade do que ensinou.

Jesus ensinou sobre a vida, o bem maior do homem. A sua mensagem não era apenas sobre as coisas corriqueiras, palpáveis e visíveis, mas a sua ênfase estava naquilo que tinha valor eterno. Por isso, seus ensinos são duradouros e atravessam as gerações, em sua forma mais atual. O interessante é que os princípios ensinados não pertencem a um único povo, mas são praticáveis em qualquer língua, povo ou nação. São ensinos que vão além da dimensão e práticas da vida transitória do homem. Por sua essência de valor eterno, seus ensinos alcançam a alma e dão vida ao espírito humano. Ele mesmo disse: “As palavras que vos tenho falado, são espírito e vida”. São princípios que saltam para a eternidade, que constroem; observando-os, o homem viverá por eles. Alguns que o ouviam, falavam que ele ensinava como quem tinha autoridade, ele era detentor de toda a sabedoria, e não era à toa que as multidões o seguiam se deleitavam em suas palavras que fluíam como uma fonte vivificadora.

Jesus não cursou nenhuma faculdade de Pedagogia, mas foi o melhor professor, não fez nenhuma disciplina de didática, mas tinha sempre os melhores métodos, não estudou Filosofia, mas jorrava conhecimento sobre os pensamentos e vivências do homem, não cursou Psicologia, mas entendia tudo sobre a alma humana, suas lutas e anseios mais profundos. Ensinava com a mesma eficiência e dedicação uma “classe cheia” ou com um único aluno. Compadeceu-se de uma multidão de cinco mil homens, dando-lhes pão para comer depois de lhes ensinar , mas gastou tempo também com uma única mulher, apontando-lhe o caminho da vida eterna. Era direto com os incautos, trazendo-lhes lições de vida e sabedoria, identificando-se com suas dores, sarando suas feridas e libertando-os do jugo do opressor. Com os religiosos hipócritas, detentores da lei, mas não cumpridores, confundiam-nos com suas parábolas ou alegorias, às vezes, contra eles mesmos. Levantavam-se com perguntas para embaraçá-lo, mas eles se surpreendiam com suas respostas que destilavam sabedoria e conhecimento. A sua paz e alegria contagiava os seus discípulos, mas muitas vezes eles não entendiam sua bondade, sua paciência, seu domínio próprio e grande compaixão por seu povo que era como ovelhas que não têm pastor.O zelo pelas coisas do seu Pai o consumia, não hesitou em corrigir aqueles que teimavam em profanar o templo, usando um chicote para expulsá-los. Zelava por suas amizades e sabia se relacionar com o justo e o pecador, com o rico e pobre. Conhecia as pessoas muito bem, e aplicava lições segundo as suas necessidades individuais.

O mal e o bem caminham para destinos antagônicos, mas o mal sempre tenta assediar o bem. Jesus como o melhor Mestre foi também vítima de inveja, traído, acusado injustamente e crucificado. Sua morte não foi o fim, mas o início de um novo tempo, “depois de Cristo”. Como o maior de todos os líderes, Jesus não se deteve apenas a ensinar, mas formou discípulos que perpetuaram os seus ensinos através das gerações, e com o método inicial, discípulo formando discípulo. Jesus foi o maior mestre e líder de todos os tempos e a sua maior diferença entre outros, é que Ele depois de dois mil anos, continua o mesmo mestre. Ele está vivo e continua ensinando e atraindo vidas para encher a casa do seu Pai. Jesus, o mestre mais excelente!