O temor do Senhor

Muitos traduzem temor como medo, pavor ou susto por alguma coisa. Temer a Deus não tem nada a ver com esse significado, mas em ter uma atitude de profundo respeito, devoção e reverência; temer a Deus é ter prazer em agradá-lo e não fazer nada de forma deliberada para magoá-lo.

Hoje, para termos uma percepção do mundo não precisamos fazer  viagens ou frequentar determinados lugares, basta apenas estar diante da tela de um computador ou com um Smartphone nas mãos. Podemos pesquisar o que queremos através dos sites de busca, e as redes sociais se responsabilizam em  pintar um quadro generalizado do comportamento moral dos seus usuários,  que representam por amostragem  o sistema deste mundo no qual estão inseridos. O perfil traçado denuncia o quão  degradante e perversa é a geração atual. Onde está o temor ao Senhor Deus Soberano na vida de homens e mulheres? Não é religião, mas o temor  a Deus  que faz a diferença na vida de uma pessoa, não um conhecimento distante e superficial, mas  um relacionamento de intimidade com  Deus Pai.

A Bíblia, apesar de ter sido escrita há muitos anos, é um livro atual porque o seu verdadeiro autor transcende ao tempo e às eras. O apóstolo Paulo, com muita propriedade,  retrata bem os dias atuais. “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus”  2 Tm 3.1-4. A blasfêmia  e a calúnia são comportamentos  que mais assustam atualmente,  porque denunciam a total falta de temor a Deus. Deus não tem por inocente aquele que toma o seu nome em vão diretamente ou através das coisas sagradas, e as línguas malditas que não temem em caluniar os profetas de Deus que têm a missão de denunciar o pecado sofrerão o juízo de Deus  que em tempo oportuno certamente virá.

Nestes dias, há uma maldade sem precedentes que têm se proliferado em todas as esferas da sociedade. A igreja do Senhor Jesus também tem falhado em cumprir o seu papel de sal e luz . As pessoas têm misturado os conceitos de bem e mal a ponto de  ao mal chamam bem e ao bem mal e fazem das trevas luz, e da luz trevas. Is 5.20 O temor do Senhor sempre será  o princípio da sabedoria, os sábios temem o seu nome e desviam-se do mal. A insensatez terá sua paga. Podemos escolher o que plantar, mas nunca colheremos frutos diferentes da semente que semeamos.  Se escolhermos o bem, colheremos frutos da bondade do Senhor, se escolhermos o mal a recompensa será uma vida separada de Deus por toda a eternidade. No mundo dos mortais, Deus tem mostrado a sua bondade, Ele envia sol e chuva para todos,alimenta a todos, mas quando o irreverente deixar este mundo, adentrará em um reino com um deus perverso que o odiará e o açoitará para sempre.

O sábio não se conforma com o padrão deste mundo. O sábio busca o temor do Senhor!

Os sonhos de Deus

Nem todos os sonhos são bons. Existem sonhos bons e sonhos maus, sonhos que levam à vida e sonhos que levam à morte. Os sonhos de Deus sempre são bons. Ele deseja o melhor para os seus filhos e já deu o suprimento para que sonhemos os seus sonhos e sejamos livres de pesadelos ou culpas que atormentam a existência humana.

José do Egito é exemplo de um homem que sonhou os sonhos de Deus e os perseguiu. A trajetória que ele teve de percorrer até que os sonhos de Deus se realizassem em sua vida não foi nada fácil, foi traído,  lançado em uma cova, escravizado e, por fim,  lançado em uma prisão. Apesar de tudo que passou, nunca duvidou dos seus sonhos e foi fiel até ver as promessas de Deus cumpridas em sua vida. Quando ele estava no cárcere, interpretou os sonhos de dois de seus companheiros de prisão, eles tiveram  cada um o seu sonho. Um teve um sonho que o levou à vida, outro à morte. O copeiro-mor e o padeiro-mor de Faraó, um foi restituído ao palácio, o outro foi sentenciado à forca. Eles tiveram sonhos reais, mas,também, nos sonhos que sonhamos acordados podem levar à vida ou à morte.   Muitos sonhos parecem  bons, mas tornam-se maus por causa da motivação errada. Há um grande peso na motivação do coração, principalmente, quando se conhece a Deus. Nem tudo que se confessa com a boca está alinhado com a realidade do coração. É natural  ter sonhos grandiosos, se pensar alto, ter sonhos que vão muito além da realidade atual, mas por qual  propósito  estou sendo movido? O importante não é o que eu quero ou qual ponto desejo alcançar, mas para que eu quero isso ou por que desejo chegar a determinado lugar?

A Bíblia diz que todos os que são guiados pelo Espírito Santo de Deus são filhos de Deus.  Rm 8.14. Se alguém é filho de Deus, ele tem o Espírito Santo e deve ser guiado por esse mesmo Espírito. Ser guiado pelo Espírito de Deus não é apenas ouvir Deus e tomar algumas decisões acertadas, mas ter o coração com a motivação correta que o leva a desejar, sobre tudo, agradar a Deus e fazer a sua vontade. Isso não é uma carga na vida daqueles que amam a Deus, mas algo que  deve fluir natural e prazerosamente, tal um rio que corre em seu leito, seguindo a correnteza das águas, nunca o contrário. Na vida cristã, não há vida material independente de vida espiritual. Somos um ser trino e único, quando vamos ao trabalho – com o nosso corpo – ou a qualquer outro lugar, não deixamos em casa o nosso espírito ou as nossas emoções. O apóstolo Paulo escreveu em sua primeira carta aos Coríntios: Quer comais quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.

Para a glória de Deus deve ser o objetivo dos nossos sonhos. Por que ser bem sucedido em uma determinada área profissional, se não for para glorificar a Deus? Se não for assim, o resultado do sonho, diante de Deus, será como palhas que serão queimadas e não deixarão vestígios. Por que ser um milionário, se for apenas para o bel prazer  e  não se importar em suprir a necessidade da seara de Deus e de seus obreiros  ou ignorar a necessidade do próximo quando bate à porta?   Por que almejar ser um grande ministro da Palavra de Deus, se não for para edificar vidas e sofrer por elas? Se for para ser bem visto e aplaudido pelos homens, não terá recompensa divina e sua obra, por certo, queimar-se -á. Grandes e bons sonhos com a motivação errada, fora dos sonhos de Deus, não produzirão vida, certamente, levarão à morte.

Sonhemos os sonhos de Deus!

 

Salvador e Senhor

Hoje, no meio cristão,  há uma tendência a uma pregação com o foco apenas na graça de Deus, sem necessidade de mudança de vida.  Na salvação não há nenhum mérito humano, somos salvos pela graça, através da fé, mas essa graça não dá permissividade ao pecado ou a uma vida cristã sem compromisso com os valores do reino de Deus. A graça de Deus, segundo o evangelho de Jesus, requer arrependimento de pecados e rompimento com a velha forma de viver, a graça leva o homem a uma transformação de vida, a uma mudança de rumo e de atitudes. Muitos cristãos não têm sido referencial neste mundo, têm se conformado com o sistema mundano. Por que tornar-se cristão?  Só para fugir da condenação do inferno? Não,  o que move o verdadeiro cristão é o amor. Ele é uma servo que tem prazer em servir ao seu Senhor, semelhantemente ao servo de orelha furada.

Jesus disse que aquele que desejasse segui-lo, teria  que renunciar a todas as coisas, até a sua própria vida. Ele pregou o Evangelho da porta estreita e do caminho apertado, da negação do eu. Jesus é o Salvador de todos os que creem no seu nome, mas a salvação só é efetivada quando o homem resolve se submeter ao senhorio de Cristo. Jesus comprou  escravos condenados do reino das trevas, é inadmissível que depois disso, esses homens queiram permanecer sob o senhorio do seu velho senhor, o diabo. Uma vez livre, ninguém quer voltar ao velho jugo, seria total incongruência. Tudo que foge ao propósito de Deus para o homem é pecado e o verdadeiro cristão, aquele que teve um encontro pessoal com Deus, deve saber o que  agrada a Deus ou o aborrece.  Um cristão não pode desejar as bênçãos do reino da luz e não querer se submeter às leis desse reino. Não há como ter  Jesus como Salvador, mas não como Senhor.

A cada dia,  líderes de igrejas cristãs, principalmente do Ocidente, estão tolerando mais o pecado, sob a bandeira do “amor”. Não há mais confronto do pecado. Esquecem que o exercício do verdadeiro  amor leva ao confronto, que o atributo de justiça de Deus é tão forte quanto o seu atributo de amor. A santidade de Deus não pode coabitar com o pecado, não há comunhão entre as trevas e a luz.

Somos livres do pecado e da condenação eterna, mas para sempre escravos daquele que nos amou.  As cadeias que nos prendem ao nosso Senhor são cadeias de amor, de intimidade com Deus. O seu jugo é suave, o seu fardo é leve. Jesus só pode ser seu Salvador se for também o seu Senhor. O livre arbítrio  dá o direito de escolher caminhar com Ele ou não. Mas a recompensa dependerá da escolha que fizermos, não há como ser diferente. Só o caminho do Senhor leva à vida eterna.  Escolhamos à vida, escolhamos viver sob o Senhorio de Cristo.

 

 

 

Viver pelo que vale a pena

A mensagem de Jesus sempre traz contraditórios, que a grande maioria não entende, como morrer para viver, perder para ganhar, diminuir para crescer, dar para receber, humilhar-se para ser exaltado. Mas, por quais razões deve-se viver? O que realmente vale a pena, nesta vida, para que no final  tenha-se uma boa colheita?

A vida é construída de escolhas – cabe a cada um escolher o caminho que quer seguir – e toda escolha exige renúncias.  É comum se escolher o caminho mais atrativo, mais confortável, prazeroso ou lucrativo.  É natural, todos gostam de coisas ou circunstâncias agradáveis, contudo, no balanço final, para haver um resultado positivo, precisa-se fazer escolhas inteligentes, em prol do que  realmente valha a pena, e desprezar as coisas que serão empecilho para se alcançar o alvo. As escolhas e renúncias para a vida verdadeira, deverão ser tais quais a de um estudante para um concurso ou de um atleta. Se o estudante quiser ser bem sucedido, terá que abrir mão de muitas coisas prazerosas para mergulhar nos estudos. O atleta também terá que gastar todo o seu tempo livre, não com embaraços fúteis, para treinar com afinco, se desejar ser um finalista.

As escolhas são necessárias porque não se pode seguir dois caminhos diferentes ao mesmo tempo, da mesma forma, impossível servir a dois senhores, ou estar na luz e nas trevas. Que parceria há entre as trevas e a luz? São naturalmente antagônicas. Tem que se decidir. Todos têm esse esse direito, o poder da escolha que é individual – a colheita também é individual – a diferença é  que a colheita já foi predeterminada na escolha, não terá como reprogramá-la. Ela não poderá sofrer modificações.

Ninguém é tão ignorante, ao ponto de desconhecer o fruto de suas ações. Ninguém planta sementes de limões esperando que brote uma mangueira e venha a colher saborosas mangas. O homem desejou ser igual a Deus, conhecedor do bem e do mal, e, assim, ele foi feito. Ele comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal, ele é potencialmente responsável por suas escolhas.  O homem não pode se furtar de suas ações. Ele sempre será responsável por cada escolha ou ato que vier a praticar e responderá por cada um – por quais ações vale a pena viver?

Pois bem, a sabedoria escolhe o temor do Senhor, ainda que a grande maioria considere essa escolha retrógrada e sem propósito, é a única  que leva à vitória final, a uma vida eterna com Deus. E a minha velha semeadura? Todos os homens estão debaixo de condenação, mas, em Jesus, podemos ser justificados diante de Deus e andar em novidade de vida   – viver pelo que vale a pena!

 

O poder de uma decisão

Um dos homens mais admiráveis da Bíblia é Daniel. Não lemos sobre deslizes na sua vida, apesar de ser homem sujeito a falhas, como todos os outros. O que fez  de Daniel um homem tão especial, até o ponto de ser chamado por um anjo de Deus como homem muito amado?

Daniel foi levado cativo à Babilônia com muitos outros jovens. Por ser da família real, foi requisitado pelo rei, juntamente com seus três amigos, para servir no Palácio. Por que Daniel se sobressaiu sobre todos? Daniel estava no Palácio e deveria ser alimentado da mesa do rei, com seus manjares sacrificados aos ídolos, bebidas alcoólicas e com toda a dieta pesada. Daniel viu que tudo aquilo poderia contaminá-lo espiritualmente, além de afetar a sua saúde física. Então, ele tomou  uma decisão ousada e arriscada, propôs no seu coração não se contaminar com os manjares do rei e manter uma vida pura no espírito, na alma e no corpo. A decisão de Daniel foi agradável aos olhos de Deus, e ele encontrou  graça diante do eunuco responsável por sua alimentação e dos amigos. A partir desse ponto, Daniel toma todas as sua decisões baseadas em sua proposta inicial – ser fiel a Deus – até desobedecer à ordem do rei se, porventura, algum decreto real  fosse de encontro aos princípios divinos.

Muitos desejam uma vida de transformação, mas nenhuma mudança comportamental acontece sem uma decisão radical. Certamente, o aroma das iguarias do rei subiam às narinas de Daniel, mas nada o fez desistir da sua meta. Ele não poderia ser contaminado, a sua comunhão com Deus tinha um valor incomparavelmente maior que qualquer outro prêmio.

Existem  decisões que, para serem cumpridas, levam a outras decisões que podem custar a própria cabeça – precisa-se  de coragem e renúncia da própria vida. Jesus disse que quem tivesse sua vida por preciosa, e não a renunciasse por amor a Ele, não poderia ser seu discípulo. As decisões radicais podem levar a fatalidades humanas. Se um soldado não estiver disposto a morrer por uma causa, ele não se posicionará corretamente nas fileiras da batalha, será uma covarde nunca um vencedor.

Sim, Daniel levou muito a sério a sua decisão, sabia do perigo que corria em desobedecer à ordem do rei, mas não retrocedeu quando escolheu agradar a Deus em qualquer cenário que se deslumbrasse em sua frente. Ele conhecia os riscos, mas podia contemplar o invisível de Deus pelos olhos da fé; a coroa incorruptível e eterna não se comparava às recompensas corruptíveis do rei. Se precisasse sacrificar a própria vida, a morte seria apenas uma trasladação para os portais da eternidade. Por que temê-la? Chegou o grande dia! Daniel era a presa dos seus algozes, homens perversos, os quais tinham o lucro como seu deus, incitaram o rei Dario a lançar Daniel na cova dos leões. Daniel não se intimidou com a ameça que poderia custar-lhe a vida. Quando há uma decisão firme ao lado do Rei do Universo, nada mais importa, até ser lançado na cova de leões famintos. E, assim aconteceu, Daniel foi lançado na cova dos leões por não deixar de orar ao seu Deus, como seus inimigos exigiam.  A surpresa para os seus inimigos  é que os leões preferiram ser graciosos com Daniel e não o devoraram. Daniel estava marcado por uma decisão! Não há o que temer, a melhor decisão é se posicionar ao lado daquele que pode fechar a boca dos leões, do Deus que pode todas as coisas!

Nas decisões ao lado da verdade, o medo é rompido, a meta a ser alcançada é maior do que a própria vida e, por fim, tudo concorre para a glória de Deus. Há poder em uma decisão ao lado da Verdade, ao lado de Jesus!

Andando na Verdade

O que é a verdade? Em um sistema  tão permeado pelo engano, é difícil ter um entendimento claro da verdade. Em todas as áreas da sociedade, sejam elas, política, comunicação, negócios,  religião e outras, são marcadas pela mentira. Parece que o único meio para o sucesso é não ser verdadeiro ou fazer uso de meias verdades. No reino de Deus é diferente, o seu trono é firmado na verdade e na justiça.

Deus, quando chamou Abraão,  disse-lhe: Anda em minha presença e ser perfeito. Andar na presença de Deus ou com Deus, não é nada mais do que andar na verdade. A verdade está em Deus, fora de Deus não há verdade. Os homens distanciam-se de Deus por amarem a mentira. Desde o Éden, satanás, através do engano, conquistou o coração de Eva e continua arregimentando homens e mulheres para o seu reino de trevas com a mesma estratégia. O apóstolo João, o discípulo amado,  no  evangelho e nas suas cartas,  como nenhum outro, dá uma ênfase especial à verdade, recomenda sempre que os cristãos firmem-se na verdade. A Igreja da sua época já era afetada por falsos apóstolos, falsos profetas, falsos mestres e falsos irmãos . Não era à toa que satanás semeava a semente do engano, com suas heresias e distorções da Palavra de Deus, já que encontrava corações cheios de orgulho, de amor às coisas passageiras e de conceitos mundanos, campos férteis para a semente maldita.  Imagine hoje, depois de tantos séculos de semeadura maligna, tempos dos quais foi profetizado que seriam tenebrosos, como o império do engano domina!  Como se manter longe do engano, se o mundo jaz no pai da mentira?  Em primeiro lugar, deve-se desejar e amar a verdade, escolher andar na verdade, ainda que tudo concorra ao contrário e leve a algum prejuízo. No reino de Deus,  a perda por amor a verdade, é lucro, e a morte, vida. Jesus foi fiel até à morte, e  a fidelidade até à morte deve ser a marca dos seus verdadeiros discípulos.

Deus é Soberano,  a sua verdade é absoluta. Por mais que se pregue a relatividade da verdade de Deus e a mentira como verdade, que todos caminhos levam a Deus, que Ele é só a amor, por isso, tolera o pecado, isso não afeta o que Ele é; e a sua verdade não deixa de ser a verdade. Deus é cheio de misericórdia e amor, mas, na mesma medida, é também justiça.  A sua essência e seu caráter são imutáveis. A sua verdade é inegociável. A verdade de Deus é que todos os homens são pecadores, que todos estão sob condenação eterna e não há nenhum justo na face da Terra, mas Deus, pelo seu amor e graça, enviou Jesus para morrer no lugar dos homens pecadores, para cumprir a sua justiça.  E, através do sacrifício de Jesus na cruz, todo o que crê nessa verdade e recebê-la em seu coração, é justificado e tem a vida eterna. Não há outra forma de chegar a Deus, boas obras não justificam o homem nem os dogmas morais das melhores religiões. A verdade é que Jesus se fez homem para morrer por homens pecadores, e não há outro caminho, outra verdade que possa levar o homem a Deus e à vida eterna. Porque Jesus é a própria verdade, e a verdade é o caminho sobre o qual o homem deve caminhar, se quiser ir a Deus e ter a vida eterna.  A mensagem do Evangelho é simples, tão simples que satanás põe no coração do homem que essa verdade tão singular, jamais poderia ser verdadeira, e ele terá que inventar outros subterfúgios para chegar a Deus, criando assim, vários caminhos firmados no engano, os quais podem levar ao juízo de Deus, nunca a sua vida eterna.

Escolhamos,  enquanto há tempo, a verdade, a Palavra de Deus, andar no caminho, andar na verdade!

O que vencer

Vivemos dias nos quais todo o mundo se volta para a maior de todas as competições esportivas, a Copa do Mundo, pelo menos no Brasil considera-se assim. De quatro em quatro anos, todos estão de olho para o novo campeão. Os jogadores treinam com afinco, cada um desejando  ser o melhor e ter o privilégio de ser escalado para o time que buscará o título para a sua nação. Apesar de tanto empenho, só um time chega no pódio como campeão.  Reconhecemos o valor e a importância dessa competição, mas  existe uma corrida muito mais excepcional que qualquer competição esportiva, e poucos atentam para ela.

O apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios, relaciona a vida espiritual a uma corrida , “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível”. O atleta corre por uma coroa corruptível e, para ser vencedor, tem que ter muita disciplina, acompanhada sempre de muita renúncia, se quiser ser o primeiro a levar o prêmio. A vida cristã tem muita similaridade com a vida de um atleta. Jesus não apresentou uma vida fácil para aqueles que desejam segui-lo, a porta é estreita, o caminho apertado. Ele dizia que quem quisesse segui-lo, teria que negar a si mesmo e levar uma vida de renúncia. Mas esse é o caminho que leva à glória. É perder a vida, para reavê-la. Ele mesmo deu o exemplo com a sua própria vida. Para adentrar os portais eternos,  sentar-se a direita do Pai como vencedor e ser aplaudido pelos anjos, enfrentou a cruz e não temeu a morte, sendo fiel até o fim.

O apóstolo João, em sua visão do Apocalipse, recebeu do próprio Jesus instruções para as sete Igrejas da Ásia, e em todas elas com a expressão “o que vencer” ou “ao que vencer”. Não resta dúvidas que a corrida cristã é uma batalha. A salvação nos é concedida de graça, através da fé em Jesus Cristo, porém o simples fato de  sermos transportados de reino das trevas para a luz, compramos uma briga com o velho senhor, mas em Cristo somos mais que vencedores. A nossa vitória está em permanecer em Cristo e isso só é possível quando há submissão ao Senhorio de Cristo e disposição para  obedecer a sua Palavra, quando abrimos mão da nossa própria vontade para fazer a vontade de Deus. A fé verdadeira requer imprescindivelmente  uma vida transformada, uma vida com frutos de justiça.

Apesar do paralelismo  entre as competições comuns e a carreira cristã, suas diferenças são cruciais em dois pontos, uma oferece um prêmio que se corrompe com o tempo, passageiro, a outra um prêmio eterno que nada poderá corrompê-lo. Nas  competições comuns, apenas um chega ao pódio com o prêmio máximo, na corrida cristã, todos que desejam têm a oportunidade de chegar ao final como vencedor. Milhares de milhares serão coroados – o que vencer!

 

 

Pela fé

No capítulo onze do Livro aos Hebreus, encontramos vinte e quatro vezes a palavra  fé, dezoito nas expressões “pela fé”.  Parte dos grandes homens da Bíblia venceram através da fé e têm seus nomes escritos nesse capítulo.  A fé é a certeza das coisas que se esperam.  A vida cristã é firmada na fé. Sem fé é impossível agradar a Deus,  tal a importância dessa palavra de duas letras, mas de tão grande peso!

Pela fé somos salvos e pela fé devemos caminhar até o alvo final. A Palavra de Deus nos ensina a perseverar na fé. Ela não é necessária apenas para a salvação, mas indispensável para  permanecermos em Cristo. A fé é como um fio de ligação entre o visível e o invisível de Deus, sobre o qual devemos nos mover, para atravessar a distância entre o domínio material e o espiritual. As bênçãos, o verdadeiramente real e Deus estão no outro lado, e sem  fé não os alcançaremos. Deus é Espírito, e só podemos vê-lo através dos olhos da fé.  A fé é trilhada pela persistência, pela certeza, pela confiança, é a  conquista das promessas de Deus. A fé não é  um sentimento, é a certeza, não é um salto no escuro, é a convicção da realidade de Deus.

A fé não duvida, a fé nos mantém firmes porque ela tem um firme fundamento.  A fé se apropria do amor de Deus e da sua justiça, é firmada na sua Soberania e infalibilidade,  naquele que não é homem para que minta nem filho do homem para que se arrependa. A fé não se edifica na areia, não tem castelos suntuosos e efêmeros que se desmoronam com os ventos da desilusão. A fé constrói seu edifício no alicerce inabalável.  A fé suplanta os ventos das adversidades, transcende as eras porque é edificada na Palavra de Deus, na Rocha eterna, em Cristo, que enfrentou e venceu o maior inimigo, a morte!

A fé tem o  foco no alvo – não olha para homens falíveis, não olha  as circunstâncias nem  a força do vento, a fé olha para Jesus.   Como um bom equilibrista, a fé firma seus passos nas promessas de Deus e avança firme. A fé alimenta a esperança. O justo vive por fé. A fé é sempre vitoriosa porque tudo é possível ao que crê.   Tudo o que se vê ruirá, e o que não se vê permanecerá eternamente. Andemos pela fé, não por vista!

Hb 11.1,6; Ef 2.8; 2 Co 5.7; Nm 23.19; Rm 5.1-2; Cl 1.22-23; 1 Ts 5.8; Hb 12.2; Hb 10.38;

Quem sou eu?

Nos dias atuais, nos quais há uma tendência à massificação, há uma grande crise de identidade. Muitos, literalmente, desconhecem sua origem, seus pais e muito menos sabem quem são. É comum, no meio da multidão, uma pessoa sentir-se sozinha e imaginar que é apenas “mais um” na grande massa de seres humanos.

Não estamos aqui, no planeta Terra, por acaso. Por mais que alguém seja rotulado como alguém que não faz  diferença, todos, sem exceção, são importantes diante do seu Criador. Ninguém cria algo sem nenhum propósito. Por mais que as criações dos homens pareçam não ter valor diante dos outros, para o seu criador tem um significado peculiar. Imagine a criação de Deus!  O homem não pode conhecer o seu devido valor se não voltar a sua origem. Deus é o autor da vida, Ele criou o primeiro homem e deu-lhe poder de multiplicação, mas o próprio Criador é que dá a vida e a tira. Dt 32.39. Então, todos têm sua origem no próprio Deus. E qual o  seu propósito na formação do homem? Ele não criou o homem como um passatempo para preencher a sua vida sem fim ou como um brinquedo para sua diversão. Ele criou o homem, segundo a sua imagem e semelhança, para o louvor de sua glória, para se alegrar com ele, em um relacionamento de intimidade e para sempre. Is 43.7; Ef 1.12.

O  homem fora do propósito para o qual foi criado – Infelizmente, o primeiro homem não correspondeu a esse propósito e  passou a todos os seus descendentes a consequência da sua desobediência, a morte e separação eterna do seu Criador. Deus não desistiu do homem e enviou o seu Único Filho, Jesus, para pagar o preço do pecado da humanidade, para todos que crerem nEle, não pereçam, mas tenham a vida eterna e não sejam apenas criaturas, mas filhos e co-herdeiros com Cristo das riquezas da sua glória.

Quem eu sou? Criatura ou filho – a escolha cabe a cada um. Ainda que não se tenha um referencial paterno nesta vida, todos podem receber Deus como Pai, e Ele é bom e amoroso. Assim, o homem sabe quem verdadeiramente é, filho de Deus, e ninguém poderá roubar a sua paternidade. Se alguém rejeitar essa verdade, continuará no mundo desconhecendo a sua verdadeira origem, sem identidade  e sempre com um vazio que só o amor do  Pai Celestial pode preencher.

Crises e Suicídio – Palavras que edificam

Nos dias atuais, há grande polêmica em torno de suicídio – muitos tentam justificá-lo, outros o condenam veementemente. Mas, qual a posição bíblica sobre este tema?

Sabemos que uma pessoa que atenta contra a própria vida está sob grande pressão emocional, ocasionada por algum problema familiar, financeiro, de desilusão ou de qualquer outra natureza. As crises fazem parte da vida. Se você nasceu neste planeta, como descendente de Adão, não está isento a elas. Contudo, há quem saiba administrar muito bem as crises e não permitem que elas os vençam,  há, também, aqueles que são bem suscetíveis ao abatimento quando alguma coisa foge da normalidade. Sem querer espiritualizar tudo, a Palavra de Deus tem resposta para as dificuldades naturais da vida e suprimento para os momentos mais cruciais da existência. Para ajuda divina, no momento certo e nos  mais inesperados, há necessidade de um relacionamento efetivo com Deus, através da comunhão do Espírito Santo, um alto refúgio e revelação da verdade. Quem alicerça a sua fé no Deus Todo-Poderoso, não é confundido e encontra socorro nos momentos mais improváveis da vida. “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”, talvez, seja a palavra mais propagada do Apóstolo Paulo, e sempre citada de forma bem positiva, como se o que crê nesta Palavra, é poderoso pra nunca passar por provações; mas, se atentarmos para o contexto anterior do versículo, Paulo faz alusão a abatimento, a fome e a padecer necessidades. E isso era-lhe possível atravessar porque Ele mantinha um nível estreito de amizade com Deus. A sua força provinha de Deus.

Por vias normais, não há aprovação divina para a prática suicida. O suicida perdeu totalmente a sua fé e confiança em Deus, naquele que pode todas as coisas e que pode reverter uma crise em bênção. Suicídio é um homicídio, é atentar contra a própria vida e, segundo o apóstolo João, o homicida não tem a vida eterna em si mesmo.  1 Jo 3.15. A vida pertence a Deus, Ele a dá e somente Ele pode tirá-la.  “Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; eu mato, e eu faço viver; eu firo, e eu saro, e ninguém há que escape da minha mão”.  Dt 32.39

Apesar da realidade da Palavra de Deus, nunca devemos afirmar categoricamente que um suicida foi para o inferno. Entre o ato de atentado à própria vida e a morte dessa pessoa, somente Deus sabe o que aconteceu, se houve possibilidade de um arrependimento  verdadeiro e consequente perdão, com acerto de contas.

Também, não devemos estimular qualquer forma de suicídio, minimizando sua grave consequência, mas  devemos alertar as vidas para o grande perigo dessa prática  e estimulá-las a colocarem a  fé em Jesus e nunca perderem a esperança que está fundada no Deus Soberano que pode todas as coisas. Não ao suicídio, sim à vida!

A seguir, uma palavra muito sábia sobre o tema: