A inveja matou Abel

Todo homem é um adorador em potencial. Naturalmente, ele tem uma necessidade intrínseca de adorar. O que muda na vida de cada um é o objeto de sua adoração.

Caim e Abel levaram ofertas ao Senhor, sacrifícios de adoração. Abel entregou a Deus o melhor do seu rebanho, e Caim do fruto da terra. Deus se agradou da oferta de Abel – a oferta de Abel era uma oferta de sangue e fé. Deus não aprovou Caim nem se agradou da sua oferta. Deus conhece as verdadeiras motivações do coração, Ele conhecia quais as intenções de Abel e as de Caim. Por não ter sua oferta aprovada, Caim entristeceu-se sobremaneira, seu semblante decaiu e uma raiz de amargura brotou em seu coração. Deus rejeitou a oferta não o ofertante. Ele esperava de Caim uma mudança de atitude. “Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer. saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo” Gn 4.7.

O pecado sempre é uma grande ameaça. Ele nunca desiste, sempre está à espreita, mas cabe cada um resisti-lo e dominá-lo. Caim preferiu ceder. Ele não resistiu o assédio da autocomiseração e deixou o coração entristecer-se com o sucesso do seu irmão. O peso da inveja é insuportável, é adentrar em um abismo intransponível que sempre leva a patamares de maior destruição. Foi assim com Caim, a inveja o levou ao ponto mais trágico, matar seu irmão. Apesar da advertência divina, Caim preferiu abrigar a inveja no coração, alimentá-la e, assim, consumir o pecado.

Abel, o justo, inocentemente foi conduzido por Caim ao campo. O campo que deveria ser palco de comunhão, de companhia, de alegria com o seu irmão, pela maldade, tornou-se um lugar de tristeza e morte, alimentado pela erva daninha. A inveja levou Caim ao ódio, e o ódio ao assassinato. A Bíblia diz que por inveja os judeus entregaram Jesus. Paulo e outros apóstolos sofreram perseguições por causa da inveja.

O apóstolo João diz, em sua primeira carta, que aquele que odeia seu irmão é assassino. Às vezes não se mata literalmente, mas se mata com armas invisíveis, mata-se com o coração. O ódio é falta de amor, o ódio torna as pessoas assassinas.

A maior consequência do pecado é o afastamento de Deus. Não há harmonia entre o pecado e Deus. “Então, Caim afastou-se da presença de Deus…” Gn 4.16 O pior castigo na vida do homem não é o inferno, mas uma vida distante de Deus.

Abel viveu pela fé e adorou a Deus pela fé. Apesar de ter sido assassinado por seu irmão, alcançou bom testemunho e seu nome está entre os pioneiros da fé: “Pela fé, Abel ofereceu a Deus um sacrifício superior ao de Caim. Pela fé, ele foi reconhecido como justo, quando Deus aprovou as suas ofertas. Embora esteja morto, por meio da fé, ainda fala”. Hb 11.4. Devemos sempre atentar para o nosso coração. O certo é alegrar-se com os que se alegram. Se há motivo de alegria, e o nosso coração se entristece, é um alerta, o pecado ou a inveja está começando a brotar e a erva daninha tem que ser arrancada imediatamente.

Como podemos blindar o nosso coração contra a inveja? O amor de Deus é o maior antídoto para todos os males. Um coração cheio de amor só é possível em parceria com o Espírito Santo. Buscar a comunhão com o Espírito Santo de forma contínua e sincera é o maior desafio para aqueles que desejam uma vida de total submissão à vontade de Deus.

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