As três dimensões do amor

“Amarás ao Senhor teu Deus  de todo o teu coração, e de toda a tua alma , e de toda as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu  próximo como a ti mesmo”.

Através da Palavra de Deus, sabemos que Deus amou o mundo de tal maneira que enviou Jesus para morrer por todos os homens. O amor de Deus é incondicional, e todos são alvo desse amor.  Ele envia o seu sol e a chuva para todos, justos e injustos. Somente esse Deus, o Criador e Sustentador de todas as coisas, deveria ser amado por todas as suas criaturas porque o amor a Ele deve estar acima de qualquer coisa, e  Ele é a fonte  do verdadeiro amor.

Jesus dá dois mandamentos para direcionar o amor humano que assume  três dimensões, e nelas o homem encontra a plenitude  interior e o seu fruto é a paz e a alegria. 1. Amar a Deus – Vem em primeiro lugar, e desse mandamento dependem todos os outros. Não há amor a si mesmo ou ao próximo quando não se aprende a amar a Deus em primeiro lugar e de todo o coração,  porque Ele é a fonte inesgotável do amor. Deus é amor. Deus é um Pai bondoso que ama os seus filhos, que cuida, que doa. Amar é a arte de se doar, e Deus fez isso por todos, Ele não poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por homens pecadores. Em Deus está toda a perfeição, seu amor é perfeito. Nele o homem é amado, e quando o homem  aprende a amar a Deus,  ele pode 2. Amar a si mesmo – não há amor próprio se não  houver abertura para o amor de Deus. Não há água se a fonte está obstruída.  Não existe amor a si mesmo se não buscá-lo em Deus. Existem muitos que não conseguem provar do amor de Deus por suas frustrantes vivências  pessoais,  desde a concepção até a idade adulta. Os pais, que deveriam referenciar o amor de Deus, falham, muitas vezes com violência e palavras de maldição, imprimindo na vida dos filhos uma visão distorcida de Deus, e esses filhos não conseguem ver em Deus um Pai amoroso, amá-lo e desfrutar do seu amor.  São situações que criam barreiras em seus corações que se fecham para o amor próprio,  duvidando de si mesmos, com perda da própria identidade, levando-os a uma busca constante de amor em fontes inadequadas, mas não há como o homem encontrar o seu próprio valor senão em Deus.  Todos vieram de Deus, e nEle é que está todo o conhecimento dEle e de si mesmos. Fora de Deus não há nenhuma satisfação, não há alegria nem amor. A próxima dimensão depende das duas primeiras. 3. Amar o próximo – e acrescenta, como a si mesmo. Como amar o outro se não se consegue amar a si mesmo? Não há muito o que falar neste ponto porque, na verdade, é consequência natural dos dois primeiros. Neste ponto explica-se porque tanta crise nas relações humanas, porque tanto egoísmo e tanta maldade nos corações. E tudo se resume na falta de amor a Deus.  “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão”.

Jesus disse aos seus discípulos que desses mandamentos dependem toda a lei e  os profetas.  Há muita coerência nessa Palavra. O amor a Deus, em primeiro lugar, é uma atitude de sabedoria que desvia o homem do caminho da maldade. Mantém o espírito humano saudável,  alinhado com a Palavra de Deus e com o Espírito Santo. Amar a Deus traz  plenitude na alma.  E a saúde do espírito e da alma reflete no corpo e  nas relações inter pessoais. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.

Lc 10.27;  1 Jo 4.20-21;  Mt.22.40;  1 Co 13.13

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