Mulher e Mãe

Somente uma mulher pode ser mãe ou chamada de mãe. Há muita profundidade neste pequeno nome de três letras e um grande privilégio em ser mulher e mãe, mas toda essa dádiva vem acompanhada de uma grande responsabilidade e missão. Todas as mulheres normais têm a capacidade de gerar filhos, todas podem ser mães, mas nem todas as mães são “mães”. Sim, porque o simples fato de gerar e trazer um filho ao mundo não habilita a mulher a ser “verdadeiramente uma mãe”, a não ser que ela decida cumprir esse papel. Além de gerar e dar a luz a um filho, precisa-se da vontade e do compromisso com Deus de exercer a maternidade, não por um tempo, mas enquanto viver. Um filho adulto e casado nunca deixará de ser filho e deve ser acompanhado continuamente pelas orações da mãe. Deste modo, ser mãe é de fato uma grande e singular missão.

Em primeiro lugar, o filho não pertence à mãe, mas a Deus que o deu. Se o filho é de Deus, deve ser amado, cuidado, ensinado e, sobretudo, conduzido a Deus. Amado porque todo ser humano precisa ser amado, muito mais um filho. Jesus reduziu a lei ou os mandamentos a dois. O primeiro, amar a Deus sobre todas as coisas e, o segundo, o próximo como a si mesmo. E o amor dispensado ao filho não deve ser apenas após o nascimento, mas desde o ventre, descartando assim toda aprovação à possibilidade de aborto. O amor não deve deixar o filho entregue totalmente a sua própria vontade, amar envolve limites. Dar tudo ao filho e deixá-lo fazer o que deseja indiscriminadamente não é prova de amor, mas falta de sabedoria. A criança precisa ser corrigida e saber porque está sendo corrigida. Assim, ela se sentirá amada e segura. Se uma mãe não consegue amar o seu filho, ela não está cumprindo o mandamento divino.

Um filho deve ser cuidado, e isso envolve alimentação, higiene, proteção, provisão, dentre outros. Este ponto é consequência do primeiro. Se uma mãe ama o seu filho dispensará naturalmente todo o cuidado requerido.

O ensino é de suma importância na vida de uma criança. A mãe tem obrigação de ensinar seu filho boas maneiras e desenvolver nele um caráter exemplar. Ensinar o filho, enquanto pequeno, a salvará de tristezas e dores futuras. “Ensina a criança no caminho em que deve andar e ainda quando for velho não se desviará dele”. O maior ensino é o da Palavra de Deus. Muitos pais introduzem o filho na religião, não no conhecimento de Deus. É bom lembrar que religião sem um encontro genuíno com Deus é uma tábua frágil, e o que se apoia nela está suscetível a naufragar a qualquer momento. Se uma criança é educada na Palavra de Deus, ela crescerá conhecendo e amando a Deus, além de ser forjada em seu caráter, esse é o propósito supremo. A Palavra de Deus não é apenas para ser ensinada pelos pais, mas vivida. O filho aprende muito mais com o exemplo do que com palavras sem vida.

Conduzir a criança a Deus é educá-la nos princípios da Palavra de Deus. A maioria das mães e pais preocupa-se apenas com o sucesso profissional dos filhos. Isso é importante, mas não o suficiente. Existem muitos filhos “bem-sucedidos” na vida, mas fracassados emocional e espiritualmente. Prosperidade ou sucesso, isolados, não traz felicidade ou satisfação. A verdadeira felicidade é gerada no interior, não em fatores externos. A ordem dos valores, segundo Deus, é Ele em primeiro lugar, depois, todas as outras coisas. “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas as outras coisas vos serão acrescentadas”.

Joquebede, mãe de Moisés, é um grande exemplo bíblico de uma mãe que cumpriu muito bem a sua missão. Sob ameaça do rei do Egito, escondeu seu filho por um tempo e, não tendo mais como escondê-lo, lançou-o sobre às águas em um cesto betumado confiando no livramento de Deus; ela cria que Deus poderia salvá-lo das águas. Teve seu filho de volta, mas não mais oficialmente como seu filho, mas como filho da filha de faraó, ainda assim, não perdeu tempo, levou-o a Deus, ensinando-o sobre o Deus de Israel. Ela sabia que a semente que a ela cabia plantar, um dia germinaria e daria seus frutos no tempo certo. Moisés foi tão bem ensinado por sua mãe que, apesar de ser transportado para um mundo de ostentação e costumes pagãos, permaneceu fiel ao Deus que conheceu em sua infância e a própria Bíblia dá testemunho dele como aquele que “Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado…” Moisés escolheu sabiamente a melhor parte, e Deus o tornou o maior profeta de todos os tempos. Que preciosidade e exemplo de mulher-mãe, a mãe de Moisés!

Pv 22.6; Mt 22.34-39; Mt 6.33; Hb 11.24-25

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