Os dois malfeitores

Jesus foi crucificado entre dois malfeitores.  Ele se fez maldito por todos os homens ao ser pendurado numa cruz. Apesar de Jesus ser o Filho de Deus, abriu mão de sua glória, habitou  entre os homens e a si mesmo se entregou  como um Cordeiro para ser sacrificado e, assim, poder reconciliar os homens com Deus.

Jesus  na cruz com dois ladrões, um a sua direita e outro à esquerda, dividiu a humanidade em dois grandes grupos. Um dos malfeitores zombou de Jesus: “Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também”. Semelhantemente a esse malfeitor, muitos se posicionam dessa mesma forma. Não pensem esses que alcançarão algum favor de Deus. O outro repreendeu o seu companheiro, dizendo:”Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez.
E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino”.

A  vida de Jesus é um grande exemplo para ser imitado. Além  de ser o maior Mestre de todos os tempos, cheio de sabedoria e unção, debruçar-se no seu ensino traz vida ao espírito, restauração para a alma e cura para o corpo.  Jesus viveu em todos os seus momentos para glorificar a Deus e até na sua  hora mais agonizante, Ele deixou um grande ensino. Ao responder ao malfeitor que creu que Ele era o Filho de Deus, Ele ensinou que a sua graça não depende de nenhuma obra humana. Aquele homem não tinha mais tempo para mostrar que poderia ser bom, frequentar uma igreja e muito menos se batizar, mas Jesus respondeu para Ele: “Hoje mesmo, estarás comigo no paraíso”. Que maravilhosa graça e que grande amor! Jesus não o condenou, mas o recebeu como Filho de Deus e co-herdeiro com Ele das bênçãos celestiais. Para o outro, Jesus se calou, Ele não pode fazer nada por ele porque não o reconheceu como o Filho de Deus e o Salvador do mundo.

Se atentarmos bem para o que aconteceu naquele momento, existe apenas uma coisa que fez a diferença entre os dois malfeitores, nenhum era melhor do que o outro. Talvez, o que foi para o paraíso pode ter cometido mais atos pecaminosos do que o outro. A fé, simplesmente a fé,  foi o fator decisivo que determinou aonde aqueles homens deveriam passar a eternidade. Não há outra forma de ser salvo se não for pela fé em Jesus. Lembrando que Jesus é a própria Palavra de Deus.  A graça de Deus estava disponível naquele momento, um, pela fé, a recebeu, o outro, pela incredulidade, a rejeitou. Abraão, o patriarca de Israel,  é citado na Bíblia como um grande homem de fé, teve seus momentos de fraqueza, mas o que o diferenciou dos outros homens da sua época foi a sua fé. “Abraão creu, e isso lhe foi imputado por justiça”. Desde o princípio, os homens que andaram com Deus, não foram justificados por suas obras de bondade, eles foram justificados pela fé. A fé aciona a graça de Deus. A graça de Deus é como um presente ou uma oferta de perdão que você pode aceitar ou rejeitar. Todos os homens pecaram, todos foram declarados culpados e condenados à morte eterna. Mas a todos foi oferecido o perdão dos pecados, através do sacrifício de Jesus na cruz. Quem crer nessa verdade e receber de graça o perdão, será salvo. O malfeitor creu e foi justificado. Jesus não esperou que ele mostrasse um  procedimento de homem justo, não houve tempo para isso. A salvação é instantânea, o espírito é vivificado quando o Espírito de Deus toca o espírito morto do homem, fazendo-lhe um novo homem. Se aquele malfeitor tivesse sobrevivido, ele, com certeza, não seria mais um malfeitor, mas  um homem justificado que experimentou a vida nova em Cristo. As boas obras e um novo proceder é consequência da salvação, não um meio.

Independente de classe social, raça, cor ou religião, cada um faz parte de um dos dois grupos representados por cada um dos malfeitores da cruz.  Do grupo que crê em Jesus e é justificado pela fé, ou do grupo que se apega a dogmas religiosos ou qualquer outro meio para a salvação, mas não crê que Jesus é o único caminho que pode levá-lo a Deus,  esse nunca será justificado e permanecerá sob condenação eterna.

Todos podem receber de graça a salvação, hoje mesmo. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” Efésios 2:8

Lc 23.39-43, Rm 4.3, Jo 1.12, Jo 14.6; Jo 3.18, Ef 2.8

 

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