Salvador e Senhor

Hoje, no meio cristão,  há uma tendência a uma pregação com o foco apenas na graça de Deus, sem necessidade de mudança de vida.  Na salvação não há nenhum mérito humano, somos salvos pela graça, através da fé, mas essa graça não dá permissividade ao pecado ou a uma vida cristã sem compromisso com os valores do reino de Deus. A graça de Deus, segundo o evangelho de Jesus, requer arrependimento de pecados e rompimento com a velha forma de viver, a graça leva o homem a uma transformação de vida, a uma mudança de rumo e de atitudes. Muitos cristãos não têm sido referencial neste mundo, têm se conformado com o sistema mundano. Por que tornar-se cristão?  Só para fugir da condenação do inferno? Não,  o que move o verdadeiro cristão é o amor. Ele é uma servo que tem prazer em servir ao seu Senhor, semelhantemente ao servo de orelha furada.

Jesus disse que aquele que desejasse segui-lo, teria  que renunciar a todas as coisas, até a sua própria vida. Ele pregou o Evangelho da porta estreita e do caminho apertado, da negação do eu. Jesus é o Salvador de todos os que creem no seu nome, mas a salvação só é efetivada quando o homem resolve se submeter ao senhorio de Cristo. Jesus comprou  escravos condenados do reino das trevas, é inadmissível que depois disso, esses homens queiram permanecer sob o senhorio do seu velho senhor, o diabo. Uma vez livre, ninguém quer voltar ao velho jugo, seria total incongruência. Tudo que foge ao propósito de Deus para o homem é pecado e o verdadeiro cristão, aquele que teve um encontro pessoal com Deus, deve saber o que  agrada a Deus ou o aborrece.  Um cristão não pode desejar as bênçãos do reino da luz e não querer se submeter às leis desse reino. Não há como ter  Jesus como Salvador, mas não como Senhor.

A cada dia,  líderes de igrejas cristãs, principalmente do Ocidente, estão tolerando mais o pecado, sob a bandeira do “amor”. Não há mais confronto do pecado. Esquecem que o exercício do verdadeiro  amor leva ao confronto, que o atributo de justiça de Deus é tão forte quanto o seu atributo de amor. A santidade de Deus não pode coabitar com o pecado, não há comunhão entre as trevas e a luz.

Somos livres do pecado e da condenação eterna, mas para sempre escravos daquele que nos amou.  As cadeias que nos prendem ao nosso Senhor são cadeias de amor, de intimidade com Deus. O seu jugo é suave, o seu fardo é leve. Jesus só pode ser seu Salvador se for também o seu Senhor. O livre arbítrio  dá o direito de escolher caminhar com Ele ou não. Mas a recompensa dependerá da escolha que fizermos, não há como ser diferente. Só o caminho do Senhor leva à vida eterna.  Escolhamos à vida, escolhamos viver sob o Senhorio de Cristo.

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *